sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Une Compite D'Un Autre Été

Lembras-te daqueles dias e noites que passavamos abraçados na tua cama a jurar amor eterno? Esses dias e noites já não preenchem os meus sonhos, apenas a gaveta das memórias. A melodia triste já não paira na minha cabeça há demasiado tempo e eu sei, Jonhy, aquela música dava-te cabo do juízo e deixava-te pior que eu. Então continua a ouvir essa música e segue em frente, pela estrada de asfalto. Não tomes a estrada em terra batida novamente. Não me dizes nada mas não gosto da desgraça alheia. Toma a estrada de asfalto e não me asfixies. Leva contigo os meus sinais e perde-os pelo caminho. Obriga-te a esquecer o que se passou, obriga-te a não levares contigo o ódio que ganhaste por ter seguido em frente muito depressa e tu não. Não me censures por não conseguir sofrer tanto quanto seria de esperar porque desilusão é um caminho perigoso que altera por completo o meu ser e o inunda de repulsa. Não ouses te aproximar. Tenho em mim todas as palavras acumuladas que assim que uma sair, todas as outras sairão de enxurrada. 
Tu conheces-me por dentro e por fora. Conheces-me melhor que eu a ti. Então, aproveita agora para seguir em frente e me deixar nas mãos do fado. Sou jovem, bem jovem, mas muito mais estável que tu e com muito mais por onde me agarrar.

2 comentários:

"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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