Sempre fui rainha da confusão. Todos os anos prometo não ter qualquer segredo para com as pessoas e todos os anos tenho agravado as confusões na qual me tenho metido. Há um caminho que eu tento seguir, regrado, longe daquilo que eu sei que pode correr mal e quando me desvio há algo que me leva de encontro a ele como se tivesse obrigatoriamente de me embrenhar na confusão. Mas se a confusão não arrastasse outras pessoas, não me ficaria a sentir tão mal.
E por ser a rainha da confusão, confusa estou. Parece que não tenho terra, que não tenho norte, que não tenho sequer noção daquilo que faço e daquilo que provoco nas pessoas. Tenho repetido demasiadas vezes que quero a minha vida de volta, sem grandes confusões. Sem arrastar pessoas para o meu mundo de confusão tremenda. Mas parece que já está tudo programado sem que eu tenha voto na matéria.
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