sábado, 28 de maio de 2011

Medo

Não há que ter medo de ter medo. 
Medo. Receio. Fobia. Pavor. Terror. Tantos sinónimos que denunciam o nosso medo. 
Não somos à prova de medo. Por muito que sejamos corajosos e valentes, há pelo menos uma vez na nossa vida em que temos medo. Ninguém é imune a este sentimento que nos assombra momentaneamente.  
O medo é universal. O medo é incomum. Difere. O medo assola todas as pessoas das diferentes etnias. Ninguém é imune.
Eu tenho medo. Tu tens medo. Ele tem medo. Nós temos medo. Vós tendes medo. Eles têm medo. 
Não faz mal ter medo. Muitas vezes ouço "eu não tenho medo de nada!" ou "Medo?! Ah! Essa palavra não entra no meu dicionário de vida!".
Ao longo da minha vida, vim-me a aperceber que o medo aumenta. Eu tenho medo que as coisas me corram mal, que a minha vida se torne num calvário, de não atingir os meus objectivos, de perder as pessoas que me amam... tenho medo de serpentes, tenho medo de tanta coisa que parece trivial mas me causa repulsa.
Nós não fomos designados para sermos sempre fortes. Não fomos feitos para suportar dor infinita. Nós não somos infinitamente fortes! E... quando alguém, porventura diz que o é e se vê num cenário medonho, tem medo do futuro. É um acto involuntário, incontrolável. 
O medo é um obstáculo e quantas vezes pensámos que ele é irremediavelmente impossível de se resolver e queremos acabar com tudo. Com nós próprios. 
Não faz mal ter medo desde que o consigamos transpô-lo e virar-lhe as costas, sorrindo de novo para a vida.

3 comentários:

  1. Obrigada :D

    Se fossemos feitos para suportar a dor infinitamente ou resistissemos a tudo seriamos muito provavelmente seres imortais. Acho que até há um ponto positivo de morrer, pelo menos isso.

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  2. Sinceramente tu expressas-te tão bem que eu nem sei looool

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  3. de nada, ai tambem adoro este blog, tens tanto jeito a serio +.+

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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