sábado, 21 de fevereiro de 2015

Eu.

Tantas palavras difíceis aprisionadas. Tantas lágrimas contidas e para quê? Para dizimar quem sou, quem fui até hoje. Porque há sempre maneira de me mudar obrigar-me a ser de de dada forma, como se de barro me tratasse ou uma marioneta presa por fios que resolvem quem sou e quem vou ser. E para quê? Para depois a raiva acumular-se, destruindo cada célula do meu corpo e atemorizar cada noite onde procuro aconchego nos lençóis de flanela. Eu sempre serei o lobo raivoso, sabes? Porque eu odeio pessoas. Odeio pessoas de todas as formas possíveis e imaginárias e, por breves momentos, pensei em dar segundas oportunidades e tornei-me quem queriam que eu fosse. Mas, adivinha? Estou pior que nunca. Preferia nunca ter acreditado em ninguém, ser feroz com quem tinha de ser a ser um cordeiro submisso. Eu não sou do tipo de pessoa que ouve e sai a mil quilómetros por hora e duvido que o vá ser, porque, bem, eu remoo. E não me vou mais calar, tentar ser boazinha, ouvir pacificamente e ignorar o meu temperamento. Ou sou ou não sou e eu prefiro ser que fingir ser.

5 comentários:

  1. Tens que ser como tu és, não como os outros querem que tu sejas :)

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  2. Identifiquei-me tanto mas tanto com estas tuas palavras querida... que nem sei o que posso dizer mais...

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  3. É sempre melhor ser! Nunca deixes de ser fiel a ti mesma.

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  4. Sei bem o que sentes e o que este texto significa, mas nunca deixes de ser como és :)

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  5. A vida nem sempre está a nosso favor mas certamente tu és a melhor influência para ti própria!
    r: Obrigado pelo teu comentário! Fiquei curioso e um dia vou querer ler o que escreveste! E quem sabe ter de entrevistar pois um talento não se pode deixar escapar :)
    Beijinho :D

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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