terça-feira, 18 de junho de 2013

Respostas

Joana: Qual é o teu maior medo? Na verdade, tenho muitos medos ultimamente. Tenho medo de exigir demasiado das pessoas porque tenho a noção que sou demasiado rígida até comigo. Tenho medo de desiludir quem por mim luta cada segundo da sua vida. Tenho medo de perder as pessoas que gosto. Tenho medo da distância, do futuro que está cada vez mais incerto... Tenho medo da minha reação a essa distância e ao próprio distanciamento pessoal... Enfim, uma enormidade de coisas que me preocupam e até nem deviam nem me preocupariam há algum tempo atrás.

Qual é o teu forte e qual é a tua fraqueza? Venha quem vier, seja quem for, o meu forte é ser uma pessoa justa e imparcial. O que tenho a dizer, digo-o sem rodeios e embora procure formas de o dizer, sou igualmente direta e objetiva. A minha fraqueza é ter, no fundo, um coração mole. Apesar de eu parecer dura e impassível, sou um poço de sentimentalismo e derreto-me facilmente com certos comportamentos, embora não demonstre.

Um pensamento aleatório. Odeio quando perco a minha racionalidade.

Uma aventura a que te propusesses. Bem, propor-me-ia a percorrer o mundo, neste momento. Sair de casa durante uns tempos, não por ter problemas porque sou abençoada nisso, mas porque iria fazer-me bem esquecer muitas coisas com algum divertimento. Levaria algumas pessoas comigo, com certeza. Sozinha não teria piada nenhuma.

Se fosses liderar a supremacia animal no planeta Terra, que animal escolherias? Bem, o lobo. E porquê? Porque uma vez disseram-me que eu me assemelhava à alma de um lobo. Era "brava" e fiel a quem me dizia alguma coisa. E a partir daí não vejo realmente outro animal que se ajuste à minha personalidade.

Se pudesses trocar de alma com um cientista famoso (ou algo do género), quem seria? Talvez não propriamente um cientista famoso, mas talvez uma escritora. Gostaria de trocar a minha alma (salvo seja) pela Emily Brontë. Escrever vem da alma e não é qualquer alma que escreve o que ela escreveu, por isso eu gostaria de experimentar ter uma alma daquelas para escrever. Seria fantástico. No entanto, se tivesse de escolher alguém mais semelhante a uma área de estudos, escolheria, sem dúvida, Freud. Adoro as teorias dele e o que ele escreve sobre o comportamento humano.

Que descoberta seria a tua descoberta? Talvez a maior descoberta que tenha a fazer é realmente o que quero para mim nos diversos campos da minha vida que ainda se encontram numa fase pouco explícita. Mas, fora disso, eu gostava de descobrir mais propriedades sobre os planetas. Tenho uma grande paixão sobre isso. E porquê?A paixão, lá está e porque os planetas sempre foram algo que me chamaram a atenção. Gosto de imaginar como seria o céu se os conseguissemos vislumbrar a olho nu. E porque também o meu gosto por planetas se reflete em alturas menos sóbrias da minha vida.
Vânia Andrade: Quando é que começaste a escrever? Comecei com 13 anos a escrever seriamente, porque desde sempre escrevi e era uma criança que adorava chegar à escola com textos feitos e, na verdade, muitos iam parar às mãos da professora e sempre com elogios. Posso dizer que a primeira história que fiz foi um bocado infeliz e que não fugia do mundo do crime. Era algo que me dava gozo fazer e começou com uma brincadeira, entre colegas que, com o tempo, se foi tornando algo mais sério. A ideia original do meu primeiro livro surgiu quando eu tinha cerca de 15 anos e a partir daí eu comecei a escrever quase todos os dias, gostava da dinâmica, de partilhar ideias com as minhas amigas e ouvir críticas. Apesar de ter enterrompido durante uns tempos a história, voltei a pegar nela com 16 anos, já com um enredo diferente e o resultado foi o que se viu.

E quando é que percebeste que gostavas disto? Nunca alimentei grandes expetativas no mundo da escrita. Não serei hipócrita ao dizer que não sabia que dava uns toquezinhos, mas nunca pensei chegar ao ponto de hoje e realmente apercebi-me que gostava disto quando dei por mim a ler compulsivamente e a ver significados de palavras que desconhecia completamente e a pensar, antes de ir dormir, no que iria escrever no dia seguinte. Aí eu decidi que a minha vida não seria só perfilada pela Criminologia, mas também pelo mundo das palavras e que este sempre iria funcionar como o meu tubo de escape.


Emilie: Se não tivesses seguido Criminologia, que curso terias escolhido? Geralmente fazem-me essa pergunta, mas costumo responder que se não estivesse neste curso não estaria em mais nenhum porque, realmente, é uma paixão que eu tenho por saber as coisas que ocorrem nesta área. Não é à toa que o que escrevo tem a ver com este mundo. Contudo, sempre tive grande aptidão para a geologia e parte da biologia, física, pelo que se não estivesse neste curso e tivesse tido melhores resultados, estaria em Meteorologia ou então seguiria Geologia para depois me especializar em vulcões ou em planetas. Mas também me interesso bastante por cinema, por isso acho que Criminologia foi o melhor que fiz.

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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