sexta-feira, 31 de maio de 2013

The Funeral

Hoje apercebi-me que a vida tem um lado negro que todos esquecemos. Nascemos e colocam de imediato expetativas em nós. Querem que sejamos inteligentes, que saibamos viver a vida moderadamente e que haja alguém para nos proteger. Vamos crescendo e pensam logo que vai haver alguém que vai querer partilhar a vida connosco, ter filhos e viver em união. Pensam também no emprego que nos remunerará bem. Os nossos pais pensam nos netos e bisnetos e esquecem-se que há um dia em que há um final. Nós esquecemo-nos frequentemente disso e basta ver quando bebemos de mais e insistimos levar o carro para casa. Colocamos a nossa vida em risco e a dos outros também. E quando isto não acontece, temos a célebre vida a pregar-nos partidas, semeando em nós aquilo a que frequentemente aqui chamam de Semente do Mal. Essa propaga-se viralmente, consome os órgãos, retira a respiração, esmaga o peito de quem a desenvolve e de quem os rodeia. 
Isto para dizer que cada vez que vou a um funeral lembro-me que a minha vida pode acabar a qualquer momento. Não acredito na leitura da linha da mão, por isso não acredito que terei uma longa vida. De qualquer das formas, não quero saber quanto tempo pisarei a Terra nem como vou morrer. Prefiro que seja um enigma. Apercebo-me ainda quão injusta a morte é. Na forma como arranca vorazmente e despedaça cada célula de quem fica...

1 comentário:

"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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