"I Met Up With The King"

Encontrei a parte que me faltava para conseguir prosseguir e é demasiado estranho saber que há coisas que parecem ser tão insignificantes, mas conseguem fazer com que eu volte a ser quem eu era. Esta semana, todos os dias me confrontavam com " tu estás estranha.", "não interages connosco" e "alguma coisa não bate certo para estares tão calada e tão pensativa". A verdade, é que há muita coisa que mexe comigo e eu às vezes nem sei claramente o que é, mas penso que deve ser o facto de sentir que me estava a perder lentamente daquilo que gosto e de saber que há pessoas que me querem ver pelas costas e anseiam que eu dê um passo em falso para me apontarem o dedo. É que torna-se muito óbvio e eu dou demasiada importância ao olhar das pessoas e é inexplicável a forma como eu consigo deslindar sentimentos a partir de um simples olhar. Contudo, eu sempre fui, e espero ser, adepta do "eu não falo porque não quero ser desagradável e não quero explodir". Muita gente não merece o meu humor de cão e é escusado nestas alturas quererem de mim um sorriso, um afago ou até mesmo uma piada. 

Creio que tudo isto se tenha devido também ao meu pessimismo exarcebado, ao cansaço, ao facto de não conseguir escrever algo de jeito na história que andava a planear, por não ter tido tempo para depositar a minha zanga em exercício físico... por não ter encontrado a música que me fizesse chorar, ou perto disso. Ontem, quando consegui fazer tudo isto, uma parte de mim elevou-se e apesar de me manter "azeda" (não é à toa que o meu nome de praxe é Rennie), consigo ver a parte mais luminosa bruxulear. E pronto, é isto. Tinha de desabafar.