Estudei o cérebro. Sei que somos fruto de complexas ligações neuronais, uma imensa rede coberta de sinapses, mielina, neurotransmissores que potenciam o funcionamento cerebral. E se eu não o quiser potenciar? E se eu quiser terminar com a síntese de neurotransmissores e inibir alguns deles? E se eu quiser esquecer, despolarizar membranas, isolar memórias e, quiçá, apagá-las de vez?
Quem me dera que houvesse cirurgia legal para isso! Quem me dera ter o poder de eliminar memórias que se impregnaram no meu cérebro, incutindo-me dor, desespero... Quem me dera nunca ter tido tais memórias... Sofrer um tipo de amnésia sempre me pareceu deveras útil até ao momento em que o cometi. Nada se passou enquanto o meu cérebro tentava recuperar do choque, mas quando recuperou, tudo voltou numa enxurrada dolorosa que me mostrou que não tenho escapatória.
E agora? O que acontece quando percebo que não posso fugir daquilo que me assombra?
- Texto Fictício feito na estúpida expetativa de perceber neuroanatomia e afins de neurologia -
Bem, fictício ou não, vi-me refletida no teu texto por vários motivos.
ResponderEliminarRealmente o cérebro é um amigo que nos lixa bem a vida no se toca a memórias, pelo menos o meu é assim.
Vê-se que és uma ótima escritora, pois transmites muito bem as ideias e sentimentos que, pelo que disseste, não te são reais.
Boa sorte com o teu estudo e entendimento sobre a a "neuroanatomia e afins de neurologia".
Love, Nameless
"O que acontece quando percebo que não posso fugir daquilo que me assombra?" Nada, não fazes nada :) Podes tentar enfrentar o que te assombra mas não o recomendo a pessoas com estômago.
ResponderEliminarTem piada teres escrito isto para tentar perceber uma matéria, até ficou bastante giro, podia fazer isto para filosofia (silogismos e tretas assim) mas seria o pior texto à fase da terra depois do texto sobre gordos que a margarida rebelo pinto escreveu. (http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=250&opiniao=Opini%E3o)