segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eu não sei nada sobre o amor

Eu não escrevo sobre o amor. Não sei o que é. Não sei o que é viver para uma pessoa só, sentir-se completa junto dela. Não sei e não tenho pena de saber. Isto não quer dizer que sou insensível. Só estou habituada a estar sozinha, a ter o meu espaço, a ser eu e a minha sombra. Tão-pouco sou narcisista. Não faço questão de me vir a apaixonar. De querer ter alguém, ali, para mim. Não faço questão de ter alguém a quem acarinhar ou chamar de "namorado" ou, porventura, "marido". Não digo que não venha a acontecer amar alguém desenfreadamente, é só que não me imagino. Não imagino a minha vida muito diferente da atual. Estou acostumada a movimento, liberdade, a ser "propriedade" de ninguém. Não faço mesmo questão de namorar ou casar! Eu não sei o que o amor é e não posso dizer que o lamento, porque não. A minha vida é ocupada o suficiente para me deixar pensar nessas coisas. Não tenho um historial de namorados, muito pelo contrário. Tive um, há uns anos e foi de pouca dura, talvez fomentasse para o meu ceticismo quanto a relações e quando tinha alguém interessado em mim e eu me apercebia, tratava de me afastar. 
Estou a escrever isto porque vejo raparigas de doze anos a aclamarem amar alguém. Eu tenho dezoito feitos e nunca amei ninguém na minha vida pelo menos a nível de relação conjugal. Vejo outras a reclamarem por quererem namorados e eu fico preocupada comigo mesma por não fazer a mínima questão. A sério que às vezes questiono-me se sou normal. Acho que nunca me cruzei com a pessoa que acho "correta" para mim. Eu não sou de curtes nem nada que se pareça. É escusado tentarem "ter-me" por uma noite que eu topo "atiranços" a léguas de distância. Eu não ajo, nestas situações, por impulso. Eu não creio vir-me a apaixonar nos próximos anos. Sou demasiado desleixada, despreocupada, o que me quiserem chamar, para me deixar levar.
Eu não sei absolutamente nada sobre o amor. É escusado tentarem que eu arranje uma definição, porque só saberei quando passar por ele e não tenciono que seja tão cedo. 

4 comentários:

  1. És normal sim senhor, esse pensamento apenas não é comum (pronto okay és anormal mas duma forma fixe), é preciso ser muito independente para pensar assim, eu também tenho essa mentalidade, é-me muito raro pensar "ah e tal quero um namorado", e se eu tivesse um namorado seria uma péssima namorada, eu não abdico nem do meu tempo para as coisas que gosto ou que tenho de fazer nem do tempo que passo com os meus amigos e também gosto de ver mil séries por dia e ler, por isso seria impossível para mim namorar porque os namorados são chatos e segundo o novo estatuto do namoro é preciso passar um tempo considerável com essa pessoa (ignora a parte do estatuto xD) x) E gosto das coisas assim, vai ser preciso alguém com muitos tomates e que eu não consiga dizer não para que me alterem toda a minha "rotina" espetacular.

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  2. Ps: De quem são as músicas Virgin e Isolated System? :)

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  3. No outro dia estava a falar sobre isto com uma colega. Ela é um bocado como tu. Já teve namorados e isso tudo mas não faz questão de dizer que tem namorado. Tem aquelas relações em que simplesmente vão estando juntos. Nem anda sempre a mandar sms's.
    Quando tiver que ser terás um namorado, ou vais estar com alguém.

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  4. Uma coisa boa de crescer é que tomamos noção do quão infantis são certas atitudes. Aquilo que há uns anos eu julgava ser amor não passava de obcessão. Creio que confundir as duas coisas é o mal de muita gente. Mas como disse, cresci e crescer ajuda-nos a ter a estabilidade emocional e psicológica que aos 14/15 anos não temos. No entanto, eu acredito que todas as pessoas, mais cedo ou mais tarde se cruzam com "a tal" pessoa. Quando tiver que ser, será =)

    Beijinhos*

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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