terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lixo com pernas

Após ler um texto da Victoria ,que acho que deveriam ler e ter em atenção o que ela lá escreve, assomou-me a minha linda história de bullying. Não vou estar para aqui a falar de coisas que vocês já sabem, mas quero ver se deixo a minha marca em alguns pensamentos quer dos que cometem, quer das vítimas. Direciono o meu discurso para os que cometem nas próximas linhas: Sabem o que é chegar a casa e dizer que não lhe apetece ir mais à escola? Sabem o que é desejar que a morte nos leve só para não sermos vítimas de um vexame? Não, certamente não sabem, mas deveriam saber. Deveriam saber que os frustrados são vossas excelências que usam isso como mecanismo de esconder a fraqueza que vorazmente vos consome sem que deem conta. O vosso problema é quando alguém vos resolve fazer frente. Aí acaba-se o bombo da festa e há que buscar alguém mais tímido. Eu conheço muito bem esse esquema.
Para as vítimas, não baixem a cabeça. Não tenham medo de lhes fazer frente, bater o pé, ameaçar e fazer porque só assim conseguirão mostrar que não são presas fáceis. Não façam como eu que acreditava piamente que era má pessoa, que era uma porcaria, gorda, feia, burra, estúpida e tudo o que podem pensar. Aprendam a aceitarem-se. Aprendam que não se agrada a gregos e a troianos e quem estiver mal que se retire ou se meta na fila. Aprendam que na vida hão-de existir uns filhos da mãe que vão achar-vos um valente monte de esterco e que não são obrigados a fazer com que gostem de vocês. Não tenham medo de arriscar, dar um passo em frente para vencer esses escroques que têm a mania que são finórios. Eu hoje estou agressiva, estou mesmo, por isso não me apetece conter no vocabulário. 
Não digo que muito do que me apontaram não me fez "crescer" até porque se não me tivessem gozado até ao extremo eu nunca teria demonstrado quem sou, mostrado que quando eu prometo, faço custe o que custar. Graças a isso, consegui chegar a muito lado, ultrapassar a timidez, não temer quem aparentemente é mais forte que eu porque, sempre houve e haverá, um ponto fraco que dói e basta saber apenas como lhe chegar. Sim, sou maldosa com estas pessoas. Chamem-me o que quiserem, mas eu pus o dedo na ferida a algumas pessoas e abri-a. Não me sinto mal de o ter feito. Fizeram-me bem pior e serviu para mostrar que eu querendo, faço. 
Espero que com este texto percebam, alguns, que os "fracos" podem levantar-se e quando se levantam pode ser em grande e quanto mais "fortes" os outros finórios aparentam ser, maior pode ser a queda. 

1 comentário:

  1. Eu tinha uma professora que costumava dizer: «Há palavras que destroem mais as pessoas do que determinadas acções» e eu concordo com ela. Não cheguei nunca ao ponto de não querer voltar à escola mas passei muitos intervalos a chorar na casa de banho. Foram 3 anos inteiros a ouvir comentários como «Parva, estúpida e menina querida dos professores». Até ao dia em que me olhei ao espelho e disse para mim mesma que nada lhes dava o direito de me fazerem de mim o tapete para limparem os pés. Nesse dia as coisas mudaram para melhor e acho que no dia em que lhes disse: «Se me voltam a falar dessa maneira, dou-vos uma sova tão grande que nunca mais se levantam», eu estava tão ou mais assustada que eles mas fiz-me forte e como disse, as coisas melhoraram e aprendi a não ter medo de enfrentar quem quer que seja. Foi por isso que anos mais tarde, no secundário, quando outros da mesma laia se tentavam virar contra mim eu ria-me das pobres almas que eram mais vazias que os cerébros daquelas criaturas.
    Enfim, acho que a tua mensagem tem o essencial. É preciso não ter medo. Eles não são mais que ninguém. Apenas querem passar essa imagem da pior forma.

    Bom, desculpa o comentário um pouco maior que o habitual ;)
    Beijinhos*

    ResponderEliminar

"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
Aviso: Não se aceitam comentários que não se relacionem com o post. Obrigada pela compreensão.