sábado, 8 de setembro de 2012

Acerca dos casamentos

Hoje fui ao casamento da minha prima três anos mais velha que eu e tive a plena noção que eu não me quero casar. Não é por ser moda que não quero. Aliás, será mais adequado dizer que não faço questão nenhuma de casar. Compreendo que seja quase um ritual dos católicos e eu tendo origens catolicistas e praticando, não consigo de todo perceber porquê tanto alarido e tanta avareza. Para além do mais, há a benção do casal. Para mim já há benção quando o casal se ama verdadeiramente. Eu não faço questão nenhuma de entrar numa igreja com um vestido espampanante, música e com centenas de convidados à minha espera! Eu sou muito adepta do simplismo. Quanto menos gente melhor porque eu não gosto de ser hipócrita e convidar por convidar, como muita gente faz. Eu prefiro um sentimento verdadeiro, algo forte a ter uma festa porque já é uma festa saber que há alguém na vida com quem se pode contar na saúde ou na doença. Sinceramente, eu acho que tenho pavor a pessoas. Não tenho desplante o suficiente para fazer o que normalmente os noivos fazem, sorrir a toda a hora (ou quase), aturar bêbedos e depois partir os bolinhos e mais não sei o quê! Eu prefiro não me casar, ter a minha vida com a pessoa que quero, mostrar que realmente a quero comigo e até prometer com aquelas palavras que se dizem aquando a benção, mas ser algo só nosso. Um momento a dois, sem ser partilhado! A alegria deve ser partilhada, mas eu nunca fui boa com sentimentos e muito menos estes, mas acho que se torna duplamente especial, mais ainda, quando fazemos as coisas só com as pessoas que amámos. Não estou a dizer que não goste de casamentos nem que não devam existir! É só que para mim eu não queria entrar numa igreja com os olhos cravados em mim ou ter uma festa. Se algum dia arranje alguém que me mereça e eu o mereça, não faço questão de me casar pela igreja. E não é mesmo moda! É que, embora nunca tenha falado nisto, eu gosto de sentimentos verdadeiros e para mim tem muito mais valor um casal que não é casado pela igreja ou até mesmo pelo civil e darem-se bem, amarem-se incondicionalmente a um casal que só se casou porque ficava bonito para um dia recordar! Eu não penso assim. Eu gosto de sentir as coisas no momento e na sua plenitude. Portanto, se eu arranjar um desgraçado, não faço questão de me casar pela igreja a não ser que ele insista muito porque, à partida, irei amá-lo e fazer alguns sacrifícios.  

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