quarta-feira, 11 de abril de 2012

Às vezes coloco-me a ler coisas que não devia. Leio coisas em dias que não deveria ler e depois fico a pensar em demasia em certas coisas que me deixam num estado um tanto sorumbático e esquisito. Não deveria ter lido uma história de vida real, isto é, não deveria ter lido uma coisa que aconteceu com uma pessoa. Quando se tratam de livros, eu fico a pensar mas são apenas personagens. Porém, quando sei que essa pessoa existe, eu fico a pensar no que aconteceria se tal tivesse acontecido comigo e chego a compreender o porquê dessa pessoa ser como é. Um misto de candura no olhar com tristeza. Anteriormente achava que era a sua forma de ser, mas agora compreendo que não. Que outrora tinha tido outra resplandecência e que circunstâncias o moldaram. Eu não deveria ter lido aquele artigo hoje. Poderia tê-lo lido num outro dia, numa outra altura, mas não. Quando eu menos preciso de coisas que me entristeçam, parece que elas fazem questão de aparecer! Eu sei que é parvo, mas eu percebo como ele sente-se todos os dias que se levanta. Provavelmente o que aconteceu não lhe abandona a mente todo o dia e por muito que tente assolapar a dor, não consegue. Talvez tudo nele seja fingido, já que está habituado a fazê-lo. 
Eu sei que isto pareceu muito esquisito e ambíguo, mas não sei como é que mesmo assim ele se consegue levantar e enfrentar cada dia que passa. Talvez seja por isso que o admiro tanto como humano. 

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