Nemo Nobody

Às vezes fico a olhar para certas pessoas do género: "Mas que raio há de errado contigo?". Eu percebo que nem todos temos os mesmos gostos e eu não me tenho de sentir mal só porque eu gosto de certas coisas e outros não. Eu respeito e, como tal, gosto que me respeitem a mim porque eu sou humana, possuo as mesmas estruturas físicas e mentais como qualquer outro, e isso define-nos, basicamente. Há certas coisas que por muito que eu pense, não digo porque não é apropriado porque nós não temos o direito de dizer tudo aquilo que nos vai na mente. Há coisas que digo, expresso mas não de uma forma foleira que causa repulsa aos outros e há certas linguagens que considero de extrema falta de educação. 

Numa aula estivemos a ver o filme Mr. Nobody que adianto já que é um dos meus filmes preferidos pelo simples facto de eu ainda não ter a certeza se o percebi. Acho um bom filme para quem realmente gosta de pensar. Claro está que para alguém que é apologista que pensar cansa, esqueçam. Não o vejam. No entanto, é ótimo para quem tem Psicologia porque aborda conteúdos de uma forma inteligente e, bom, digamos que há gente que não gosta e eu não tenho nada que ver com isso mas escusam de vir com aquele palavreado "labrego" do "Mas que filme pêgo!" (Pêgo deve significar feio, desinteressante). Como podem dizer isto se ainda nem sequer o viram completamente e nem sequer se dão ao trabalho de pensar? Parece que gostam daqueles filmes que desde o início se sabe o que vai acontecer e como vai acabar! Pessoalmente, detesto esses filmes e Mr. Nobody não faz, decididamente, parte desses filmes mas isso não me dá o direito de usar vocabulário ofensivo. Quanto muito, poderia ter dito "Que filme desinteressante" ou "Não têm melhor?". Não sei, sempre defendi que as palavras têm um poder tremendo e que uma simples palavra trocada ou sinal de pontuação pode alterar todo o discurso. Não gostei do que ela disse mesmo que não tivesse sido especificamente para mim e se foi... well, I don't give a fuck. I asked before.