sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mind

Estava eu a fazer o meu teste de Português hoje quando cheguei à parte da composição e fiquei um pouco pensativa quanto ao assunto proposto: a questão de querermos ser livres e acabamos por não o ser. Como acabei o teste muito rápido, decidi colocar aqui o que escrevi acerca do assunto. Não é muito grande. 

De facto, concordo com a afirmação de Jean Jacques Rousseau. Todos nós temos um certo grau de independência mas essa nunca é total. Tal como o filósofo afirmou, o ser humano "em toda a parte se encontra algemado". Na nossa infância e durante a nossa vida todos nós passámos por um processo de aprendizagem onde valores são-nos transmitidos pelos nossos progenitores, bem como pelas pessoas que nos rodeiam. Embora dependamos também do nosso património genético em cerca de trinta por cento, somos também resultado daquilo que a sociedade nos instruiu. Desde tenra idade fomos admoestados quando fazíamos algo de mal e congratulados quando fazíamos algo de bom e isso contribuiu para formar a nossa personalidade atual. Se ninguém nos tivesse corrigido, seríamos uns desregrados.
No entanto, quando nos foram transmitidos alguns valores ensinaram-nos que nem tudo poderia ser feito por muito que tivéssemos vontade. Por exemplo, quando um colega nos irrita, provavelmente, queremos barafustar com ele mas contemo-nos, ou seja, parece que de certa forma somos "algemados" ao retrair aquilo que realmente queremos. Por outro lado, temos a sociedade que nos influencia e nos julga se cometemos algo errado, como por exemplo, se chacinamos alguém.
Em parte, nós parecemos "joguetes" nas mãos da sociedade, visto que é ela, e os seus constituintes, que exercem um controlo nas nossas respostas comportamentais quando somos submetidos a certos estímulos.
Não defendo que sejamos completamente livres, nem no pensamento porque há uma certa limitação de humano para humano, nem nos nossos comportamentos porque somos controlados e, consequentemente, "algemados" pelos que nos rodeiam. 

E de certa forma... nem no pensamento temos liberdade... se efetivamente a tivéssemos, pensaríamos em absolutamente tudo mas somos limitados e nunca chegaremos a atingir a liberdade mental no sentido pleno mesmo que pensemos naquilo que queremos. 

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