sábado, 26 de novembro de 2011

You can save the world...everyday...

Hoje quando estava a dirigir-me para uma superfície comercial, ouvi a minha mãe e a minha tia falarem de uma pessoa que passava necessidade mesmo perto de minha casa e sinceramente nunca me tinha apercebido. No entanto, eu lembrei-me da tremenda angústia que muitas vezes sinto quando atravesso as ruas do Porto, nomeadamente na Rua de Santa Catarina. Cada vez que me deparo com um mendigo, apetece-me dar-lhes tudo o que tenho mas sei que a maioria quer dinheiro para droga... porém, eu sou demasiado sensível a essas situações e se passo por algum sem lhe dar algo, sinto-me mal e todos os olhares parecem focar-se em mim a dizerem "Deverias ter dado. Não te fazia falta.". A sério que fico apreensiva e as minhas conjeturas sobre eles podem estar erradas mas por outro lado sei que o que lhes dou pode ser usado para contribuir para mais um prego nos seus caixões mas deixa-me demasiado inquieta vê-los ali, sem um teto... sem comida, sem amigos... completamente sozinhos e renegados à sociedade. Eu agora opto por lhes dar comida mas a verdade é que eu só ando por essa rua na época de Natal e fico ainda mais sensibilizada por essa época ser demarcada pelo papel importante da família e do calor humano, coisa que eles não têm.
Acho que apesar de ser muitas vezes fria... consigo ter um lado sensível e não desgosto de todo. Apenas acho que sou mesmo de extremos... estas situações deixam-me mesmo muito mal...

3 comentários:

  1. Eu sinceramente não costumo dar dinheiro. Já dei comida, mas dinheiro não. E no porto vêm muitos ter com as pessoas com umas histórias manhosas, tudo mentiras...Prefiro mesmo dar comida sinceramente. Ao menos sei para que é utilizada...

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  2. Acredita... mas eu prefiro dar-lhes comida, porque nunca se sabe o que eles vão fazer com o dinheiro. :\

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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