quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Das Peripécias que Encontro #1

Não entendo qual a necessidade de estarem sempre a tentar mudar a minha vontade quanto ao não me querer casar pela igreja. Juro que não entendo e fico um pouco consternada quando as pessoas olham para mim com admiração quando digo, quase friamente, que nunca esteve nos meus planos e não faço qualquer questão. Eu não tenho de ser igual a todas as outras raparigas que planeiam o dia, que gostam de deambular por lojas na busca do vestido perfeito. Não, eu não sou assim. 
Odeio branco, em primeiro lugar. E sim, eu sei que há vestidos de outras cores mas não me fascinam. Gosto muito de ver nos outros, faço gosto, caso me convidem, em ir ajudar a escolher o vestido e dar a minha opinião, mas em mim não. Desde que me conheço como gente que digo isto e não é estarem sempre a repetir que me vai fazer mudar de ideias. Ou então perguntarem-me quando é que me vão ver "de branco". Isto faz-me assim uma certa confusão que me faz responder de forma atroz, seja quem for.
Tenho respeito por quem o desejar fazer, mas eu não quero. Preocupo-me sobretudo com o dinheiro, com a possibilidade de usar esse dinheiro noutras coisas e prefiro não ter um "dia em grande" e ter uma vida aceitável. Não preciso que me venham benzer o casamento porque o sentimento em si já é abençoado e não é para qualquer um. Prefiro, ainda que com certas reticências, um "casamento" (e não matrimónio) à antiga, em casa, com as pessoas que mais gosto e não ter o primo afastado que já nem me lembro dele mas que fica bem convidar. Ou então gastar balúrdios de dinheiro em animação, aluguer do espaço, catering que é caro como tudo. Eu prefiro viver sem pressões. Não me faz confusão passar a minha vida ao lado do meu namorado sem ter um papel oficial. O que me importa é ser feliz com ele ao meu lado, com os nossos gatos, ter as nossas coisas e mais tarde com a nossa família. 
Não me interessa se fica bonito ou não, se querem ou não porque não pretendo ceder. Ponto.

1 comentário:

  1. Sofro deste mal. Disso e da critica ao "não querer ter filhos"! Haja paciência para estes estereótipos...

    Muito obrigada pelo comentário deixado no Ilusórias Certezas! :)

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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