Afogou-se em pensamentos, devaneios, demências e neuroses. Clamou pelo nome de todos aqueles que conhecia mas nenhum socorreu a sua alma sádica e pesarosa. Sentou-se nas colinas geladas mas sentiu a sua temperatura inalterável. Caminhou horas a fio e não sentiu uma dor acutilante, como era costume. Chorou no centro da cidade mas ninguém reparou. Trespassavam-na, pisavam os seus pés e riam-se da sua cara.
Baixou-se e continuou no choro. Nas mesmas situações quotidianas que a faziam sentir esperançosa. Nas mesmas teias que a tinham aprisionado.
E dessas teias não saiu. As águas envolveram-na solenemente, os devaneios domaram os seus sentidos, as demências ribombavam na sua mente e as suas neuroses pioraram. Agora não passa de uma alma morta à procura da redenção que nunca vai encontrar.
senti um arrepio prolongado na pele ao ler isto... que te reencontres, um beijinho!
ResponderEliminar(já não passava por aqui há imenso tempo)
Uau a imagem é mesmo forte..."As águas envolveram-na solenemente, os devaneios domaram os seus sentidos, as demências ribombavam na sua mente e as suas neuroses pioraram. Agora não passa de uma alma morta à procura da redenção que nunca vai encontrar." e o texto está maravilhoso!:))
ResponderEliminarAi Sofia, Sofia... Que saudades que eu tinha de te ler :') Foste e és uma das minhas grandes inspirações e a pessoa que mais me incitou a escrever, a desenvolver-me neste mundo e acho que nunca te agradeci a sério por isso. Obrigada do fundo do coração. Tens um talento inestimável e a tua escrita dá-me arrepios de tão boa que é. Continua, you go girl :D
ResponderEliminarTu escreves tãooooooo bem!!!
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