sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Casa

Não me deixaste ao relento e levaste-me para tua casa. Cobriste-me com os teus lençóis e cobertores como se fosse um recém nascido e deixaste-me prenoitar nos teus braços vezes sem conta. Tal bela adormecida que eu era. Envolta nos sonhos de adulta num corpo de menina desajeitada cuja vivência era praticamente nula. Eu era a criança aos teus cuidados com mentalidade de mulher.
Chamei-te de casa e ao relento nos permitimos ficar. Agora observo claramente as estrelas e as constelações no ponto mais alto da noite. Agora observas o teto que é o teu limite.E eu observo a casa que foste sem qualquer vontade de lá voltar porque casa chamarei àquele que realmente o merecer. Se calhar não és casa. Se calhar foste um mero abrigo.

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