sábado, 6 de julho de 2013

Cold Hearted Woman

Sou descendente dos Vikings. Coração frio, olhar baço como o gelo e sorriso encantadoramente gélido. Preservo em mim pouco calor por preferir que todas as minhas ações sejam como lâminas no coração de alguém ou de qualquer outra parte do corpo. Na realidade, não importa. Sou Viking e assim morrerei.
Convivi com todos os animais ferozes da floresta e sempre foram dóceis aquando comparados comigo. Fazia deles o que queria, mas ninguém faz comigo o que quer. Ataco quando sou atacada. Provoco quando sou provocada, mas não amo quando sou amada. Gosto do espírito selvagem que reside em mim. Na fera que lentamente se forma e depois esbate-se, rebentando em todas as direções, como ondas sísmicas. Na raiva que se forma vorazmente e não se deixa transparecer nas palavras mas se reflete nas ações.
O meu espírito é algo complexo de se perceber. Não me deixo domar. Não sou bicho amestrado nem serei bicho de gaiola. O meu espírito carrego-o na espada que desenbainho e proclama-se quando o sangue escorre dos corpos e cai no chão. Rejubilo e volto a limpar o meu espírito. E assim sou feliz.

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