segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Little Piece About What I Do #2



Eu sou daquelas pessoas que têm bichos carpinteiros na mente, imaginação, corpo e que quando sentem uma pontada de inspiração, mesmo que seja às duas da manhã, tem de escrever aquilo que quer antes que as ideias desapareçam. Ontem, enquanto assistia a uma série, surgiu-me esta ideia sem pensar no assunto. Como tal, resolvi partilhar convosco e anunciar-vos que talvez faça parte de um novo projeto (a juntar aos que já tenho em mente). Para isso, e mais uma vez, conto com as vossas opiniões! Mais uma vez agradeço!

              Consegues realmente perceber quando estás a perder o teu Norte? Quando as ideias surgem num emaranhado indecifrável cujo significado torna-se tão difícil de descodificar que todas as leis de Newton, da termodinâmica, do movimento e de De Morgan parecem mais simples do que aquilo que se está a passar na tua mente?
            Na verdade, podes. Mas aterrorizas-te. Consegues perceber que algo não está bem. Que vês coisas. Que sonhos esquisitos te assolam durante a noite e te encharcam a t-shirt que acabaste de vestir de lavado naquela noite. Que aquilo é impossível estar a acontecer. Que não se pode passar nada daquilo e que tudo aquilo que vês é um perfeito embuste. Não consegues mais perceber, num estado já avançado, se aquilo que vês é a realidade ou fruto da tua imaginação. Não sei se lhe posso chamar imaginação…
            As pessoas começam a perceber e a falar. Olham-te de esguelha. Percebes os cochichos dos outros. Sentes os seus olhares cravados em cada maldito passo que ousas dar. E tu olhas, apático, para todos eles que te olham com consternação, à espera de algo que não decifras. Sentes-te fracassado. Queres sentir raiva de cada um deles mas não consegues porque sabes que o problema vem de ti. Não obstante, mesmo assim, sabes que apenas há uma forma de te sentires bem, ainda que não seja a politicamente mais correta, e duas vozes a cirandam de ouvido para ouvido como se fossem pássaros em plena Primavera a saltarem de árvore para árvore.
            Talvez comece a endoidecer. Ou a revelar. Não sei.


1 comentário:

  1. tu escreves tão bem! nasceste para isto :) e tens uma imaginação tão fértil, ainda mais que a minha, ou talvez a minha seja muito também, mas noutro tipo de coisas...

    nem tenho tido tempo para o wattpad, tive de abdicar de algumas coisas e dar prioridade a outras. entre o blogger e wattpad, decidi que me vou dedicar por enquanto só ao blog ( e até para este muitas vezes não tenho tempo), mas assim que der irei ler o resto da tua história, bem sabes que estava a gostar!

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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