sábado, 2 de março de 2013

Noites Na Janela

A razão pela qual a Natureza é algo que me fascina é porque é uma fonte de inspiração e onde posso refletir. Canso-me da vida citadina e desenfreada. Farto-me com facilidade dos carros, das buzinadelas, do movimento e da azafama. Não vou dizer que não gosto de locais onde hajam lojas e tudo isso, mas farto-me muito rapidamente e o que mais quero é voltar para casa, para o meu quarto que foi escolhido para ter uma vista para uma zona verde e cheia de biodiversidade. Eu gosto de abrir a janela e sentir o vento bater-me no rosto e, acreditem, não é a mesma coisa que numa cidade. Gosto de ver o nevoeiro sobrevoar as copas das árvores, de ver os ramos adejarem violentamente com o vento e de ver os relâmpagos ribombarem por detrás das montanhas que ficam a bastantes quilómetros de minha casa. Gosto de naquelas noites de Verão sentar-me no parapeito da janela e observar o luar e ouvir Eddie Vedder e até mesmo pegar num caderno e escrevinhar. Acredito que os meus vizinhos pensem que sou uma alma penada ou então que sofro de graves problemas psíquicos, mas não há nada como estas pequenas coisas que me revitalizem. Sei que gostava de viver em Nova Iorque e outras grandes cidades, mas apercebo-me que eu teria rapidamente de encontrar um esconderijo na Natureza. Um local meu onde pudesse buscar toda a energia que tinha sido consumida pelo stress. E apesar de não gostar de todo do Verão, espero que chegue. Tenho saudades das noites na janela. 

P.s Eu sei que tenho andado desaparecida e prometo que responderei a todos os comentários no post anterior! 

3 comentários:

  1. E ela viu ~~' e acho que adorou :') obrigada

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  2. E li o teu texto, nesse aspeto sou muito parecida contigo! Gosto das cidades grandes, mas ter de conviver com as pessoas exige muito de mim e também necessito da paz reconfortante da natureza para poder ser eu própria...

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  3. Eu não consigo dormir bem à noite no verão então aproveito essas noites para escrever.

    Eu gosto de cidades grandes mas às vezes esmagam-me, sentia constantemente isso em Londres e Barcelona, mas adoro perder-me nelas. Só que, não há nada como perder-se num enorme pinhal português, isso é algo que nenhuma cidade do mundo compensa.

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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