Ela lia livros. Romances, policiais, thrillers, ficção científica... Ela lia tudo o que a prateleira lhe dispunha. Magicava situações que nunca aconteceriam com ela, imaginava pessoas que nunca conheceria, cruzava-as com pessoas que ela conhecia e chegava à conclusão que aquele era o mundo onde ela queria habitar. Começou com pequenos poemas onde expunha a sua alma. Avançou para contos de fadas onde a escuridão dominava. Deu ainda outro passo e começou a escrever algo grande até ao dia em que alguém lhe deu um sim para publicação. Foi o dia, ou um dos, mais feliz da sua vida.
Ninguém percebeu muito bem onde ela ia buscar tempo para tal e ninguém percebeu porque razão ela não chorou quando lhe foi dada a notícia. Ouviu muitas vezes dizer que qualquer pessoa ficaria num estado de euforia total. Mas ela não. Ela sabia que um sonho estava prestes a cumprir-se e que não afetaria nada nela.
Eu gostaria de acrescentar algo à tua última frase: "(...)e que não afetaria nada nela porque esse sonho fazia parte da pessoa que ela era e que sempre seria."
ResponderEliminarAlém disso, lutar pelos nossos sonhos nunca será uma causa perdida =)