Esta é a reta final. É o momento em que tenho de dar tudo por tudo para sair tudo perfeito. Porém, quanto mais estou próxima do fim, sinto que as dificuldades vão aumentar e que por muito que eu me esforce, que esteja a fazê-lo mais do que devia e muito mais para isto do que para outra coisa, apercebo-me que isto pode não dar em nada. Nada. É triste mas é assim. E eu tenho essa impressão traiçoeira que me assola.
Digamos que eu não sou propriamente típica em assuntos. Não gosto de trivialidades, assuntos já mais que debatidos. Gosto do sensacionismo, do estrangeirismo em força, de todas as influências estrangeiras de escritores porque eles inspiram-me de uma forma inexplicável. Não digo que não existam escritores portugueses que não me inspirem mas em mim tem mais força aquilo que é estrangeiro, nomeadamente os clássicos. Talvez por esse facto, de me ver tão ligada àquilo que não é nacional, é que acho que não será fácil aceitarem aquilo que faço. Eu não sou de escrever romances, da mesma forma como não sou de escrever exclusivamente dramas. Sou uma mistura conexa de policial, romance e drama. Não sou nada em específico e isso assusta porque grande parte do que vejo ou é só romance ou então romance e drama, não envolvendo propriamente mais que um género ou então quando isso acontece, é uma mistura de tudo e posso assegurar que misturas de géneros costumam ser fenomenais na minha humilde opinião.
Eu sei que nunca aparentei ser insegura nas minhas decisões e muito menos naquilo que escrevia e escrevo mas a verdade é que eu própria me apercebi que não sou tão irreverente como pensava nem tão promissora. Agradeço todas as palavras de encorajamento, de facto encorajaram-me e embora não vá desistir agora, sei que isto não vai dar em nada mas, pelo menos, não me irei lamuriar que não tentei. E agora resta-me acabar para analisar tudo.
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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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