sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Don't be another retarded mind

Sempre tive um grande defeito: nunca tive paciência nem espírito para aturar pessoas por quem não nutro qualquer empatia. Não sei se é bom ou mau mas pelo menos não me acusam de ser falsa e sorrir-lhes, dar-lhes boas palavras (falsas, portanto) e dizer-lhes que não imagino a minha vida sem eles! Tanta coisa que eu ouço dizer e depois fico embasbacada por ser a única que não consegue dizer isso.
Por outro lado, não consigo perceber como as pessoas conseguem ser tremendamente falsas ao ponto de, efetivamente, se fazerem amigas dessas. Eu, quando não gosto de uma pessoa, ando em guerra declarada com a mesma! Podem chamar-me insensível ou outras coisas que até são verdade mas pelo menos, orgulho-me de não ser falsa e sorrir forçadamente para alguém! Como digo, "Os meus sorrisos pagam-se para quem não os merece". E, de facto, acontece isso e escusam de me vir "encher ouvidos" sobre outra pessoa que eu não goste só para eu passar-me e dizer o que a outra pessoa não tem coragem. E julgam que eu sou corajosa? Até posso ser. Tenho coragem para dizer aquilo que ninguém diz, sou a ovelha negra por causa disso mas eu sei os meus limites e sei que não os posso ultrapassar mas, contrariamente a essas pessoas, eu tenho uma coisa que vocês não têm: caráter. Se o tivessem, diriam o que sentiam em relação a alguém mesmo que fosse algo mau, como eu faço. Não têm coragem para admitir os vossos erros e empurram a responsabilidade para os demais. Sabem o que eu chamo ainda a isto? Infantilidade pura. Eu fazia isso quando era criança mas, julgo eu, a nossa mentalidade tem de crescer até porque caminhamos inexoravelmente para a idade adulta mas acredito que muitos fiquem congelados na idade da parvalheira. Eu tenho a consciência que não ficarei até porque não sei se efetivamente tive tempo para viver essa idade.
Isto é um desabafo que não se vai voltar a repetir. 

3 comentários:

  1. Eu sou um ponto médio entre tu e um outro género: aqueles que simplesmente fingem que a pessoa não existe. Não sou capaz de dizer à pessoa que não gosto dela, mas também não sou capaz de fingir que gosto dela. Para mim não há meio termo, ou gosto ou não. Quando não gosto falo o mínimo indispensável com a pessoa e daí não passa. Acabo, efectivamente por me esquecer que essa pessoa existe!!

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  2. Parece que me tiraste as palavras da boca, sinto exactamente o mesmo. Se não gosto, não gosto, não vou fazer-me de amiga ou sorrir só para parecer bonito, não consigo. E custa-me quando as pessoas o fazem.
    E tudo o que tenho a dizer digo na cara, e é como tu dizes, acabas por ser a ovelha negra.

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  3. Eu limito-me a afastar-me das pessoas que não gosto, ou quando tou com elas não mostro simpatia. Eu tenho muita paciência com as pessoas porque quero descobrir a melhor parte delas, mas quando começam a esconder-se atrás de quem não são, essa tarefa é inútil. É como tu dizes, é falta de carácter. Eu não me preocupo com quem não gosto, por isso ao menos que não esteja completamente irritada, não digo nada. Eles que se desenrasquem.

    Ps: Gosto do novo padrão do blog

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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