sábado, 3 de setembro de 2011

World Hold On!

As discussões que eu mais gosto cá em casa são as de política. Atenção que são discussões saudáveis. No entanto, eu consigo virar cinco pessoas contra mim e uma a apoiar-me, o que é extremamente bom. Hoje a discussão foi sobre os governantes do país. Ora, meus amigos e amigas, eu não percebo, para já, grande parte do que eles dizem e querem fazer e não sou especialista nos termos técnicos que eles fartam de se falar, mas digno-me a tentar perceber em vez de argumentar logo sem pensar. Eis então o pensamento dos portugueses: "Eu não gosto do novo governo porque corta muito no salário e aumenta as taxas." Eu percebo perfeitamente mas que não se esqueçam o governo precisa de "engordar" não os governantes mas os cofres de estado e, contrariamente ao governo de Sócrates que era do PS mas eu sempre disse que ele era do partido PDA (Partido Deixa Andar) tudo era lindo e belo! O país numa miséria tremenda mas tudo era cor-de-rosa com elefantezinhos numa paz descomunal até que bem um filha da mãe do género do Bin Laden que vem dizer precisamente o contrário, que o país está uma porcaria e que as contas do estado precisam de se fortalecer! Eu não estou a defender o actual governo, se calhar até estou a defender um bocadinho mas porque acho correcto o que estão a fazer. Do género: os portugueses estão habituados à seguinte linha de pensamento: "Ah! Não tenho dinheiro para isto mas quero. Fácil! Peço um empréstimo." Boa! Depois é um empréstimo para as férias, um empréstimo para a casa, outro para o carro até que se chega ao cúmulo de pedir um empréstimo para pagar outro empréstimo! Em minha casa sempre houve a ideologia do "se tiveres 100 não gastes 200." ou "se não for realmente preciso, não gastes." E sempre foi assim e será porque eu não gasto aquilo que não tenho e muitas vezes até posso gostar de algo mas não me apetece gastar dinheiro. Nunca precisei que a minha mãe me dissesse: "Cuidado, não gastes demasiado porque depois não tens." Nunca precisei porque sempre controlei as minhas despesas. 
Sou completamente contra empréstimos e seria incapaz de fazer um a não ser que fosse mesmo um caso de vida ou morte. 
Outra ideologia que me enerva: "Ah, eu votei nele e agora põe-se a congelar ordenados, a aumentar o IVA e outras coisas!". Ora, o que eu digo sobre isto? Muito simples: concordo com certas coisas. Concordo com a privatização de certas empresas que só dão prejuízo ao Estado, como a CP. Os bilhetes são minimamente baratos porque o Estado dá parte do dinheiro e desde que existe a CP, houve sempre prejuízo. E não só a CP. Concordo com maioria dos aumentos, excepto nos transportes mas irrita-me ver que as pessoas estão a fazer pouco para melhorar a condição do país! Criticam mas depois são capazes de "ir passar a mão na cabecinha" e concordar com aquilo que discordavam! E depois ainda há aquelas que dizem que se estivéssemos com o antigo governo Portugal seria uma potência europeia! Potência Europeia? haha Let´s all laugh! Mais depressa eu seria Primeira-Ministra! De qualquer das formas, eu discordo com aquela taxa de solidariedade (aquela aplicada aos ricos) porque, segundo uma contabilista, eles já são tributados a 42% e será justo tributar mais? Eu não sei, muito sinceramente mas também não me parece justo.
Também é de salientar certas personagens no Estado que são do género quando os jornalistas questionam: "O que acha da medida implementada pelo partido X?" e o senhor pergunta: "Quem disse isso?" "Partido Y" "Ah! Discordo completamente!". Ora bem, eu sempre fui assim: mesmo dentro do meu grupo num trabalho, por exemplo, estiverem a combinar fazer uma coisa e eu não concordar, eu estou lá para dizer por que razão não concordo e porquê! E o mesmo se passa quando o Presidente da Freguesia me pergunta alguma coisa não sendo eu parte integrante da sua corja! Eu não tenho problemas nenhuns em dizer o que penso sobre algum assunto! Muitas das vezes eu seu julgada pelos meus pensamentos e quando há debates há um certo receio que eu fique num determinado grupo porque eu não defendo o que a maioria defende. Eu defendo aquilo que acho que deve ser defendido e levo a minha avante, a não ser que me façam ver com clareza que estou errada e aí baixo o exército e tenho maturidade suficiente para admitir o meu erro. E agora questiono-me: por que razão os nossos políticos não são assim? Aliás, eu acho que eles deveriam trabalhar em sintonia e "juntarem-se" e não meia dúzia de tótós puxar a corda para um lado quando outros estão a puxar para outro!
Há pessoas que também discordam com o acréscimo de cargo numa só pessoa. Ora, o Hitler também já teve o poder absoluto, certo? Então, qual o problema? Eu acho imensa piada a alguns senhores do governo que são contra, mas eu e muitos outros não nascemos ontem...! Por que será? Eu tenho uma hipótese: já não podem receber mais cash, não é? Eu acho muito bem um ministro ter mais que uma função! Para quê ter um ministro da economia, um ministro mais de não sei quê? Se for entendido em diversas áreas, por que não tomar conta do assunto?
Falta o desemprego... o que se espera de um país em crise? Crescente aumento de emprego? Não, mas a verdade é que o desemprego diminuiu e, da última vez, 130 000 pessoas tinham ganho emprego. Não posso precisar porque já não sei se são 130 000 ou 13 000. Eu acho que isso quer dizer alguma coisa. Em antítese, algumas fábricas continuam a fechar por falta de fundos monetários mas sabe-se lá o que os patrões fazem com o dinheiro? Eu conheço um caso de um senhor de um Stand de automóveis de luxo que tinha comprado uma mansão... depois era mais uma árvorezita, mais uma piscina, mais um SPA, tudo na conta da empresa... E depois não havia controlo nos empregados e eles faziam reparações em casa deles com tudo do patrão. E eu questiono: como é que as empresas não entrarão em processo de insolvência se os patrões não sabem gerir os seus bens?
Também há o caso das famosas idemnizações dos agricultores e eu sei do que estou a falar porque na minha zona há montes de casos destes! Quando vieram aquelas chuvas e estragaram as plantações, os senhores e senhoras fizeram protestos e foram para a televisão barafustar até obterem o dinheiro. E, português que é português acha-se muito esperto e a conclusão: os agricultores, com o dinheiro do Estado, compraram brutas casas, compraram Ferraris e Mercedes e Dodge Journey´s e plantações... nada! Está tudo a monte e os senhores já estão em França ou na Suíça! É à custa de pessoas assim que o país não vai para a frente! Se não há nada, não se pode importar nem tãopouco exportar! É simples! Mas eu sempre achei que esperteza desta cessava cedo e aqui está a prova: um Portugal em iminência de bancarrota! Também houve um tótó no tempo do Mário Soares (não sei se foi o próprio) que mandou "abater" as videiras. Hey! Guy? You´re fucking crazy?!!! Vinho do Porto? Portugal? Não dizem nada? Vinho do Porto é conhecido mundialmente, ma friend! Se querias abater as videiras, queria ver onde Portugal estaria!
Agora vou dizer mal do Durão Barroso mesmo ele sendo do partido que eu "defendo": mal lhe cheirou a dinheiro açambarcou tudo e deixou Portugal como se nada fosse. Eu compreendo... porque como Primeiro Ministro em Portugal ganharia um mísero ordenado e tal e na Comissão Europeia era um fartote! De qualquer das formas sempre achei a sua saída de Portugal como se ele fosse um dono e nós os cães, o que é sempre muito motivador... -.-" Até foi pena o Breivik não te ter dado um balázio na testa... No entanto, admira-me como o José Sócrates e o Mário Soares não estava na sua lista de exterminação! hahahaha xD
Depois, há aquelas pessoas que vão mendigar para a porta da Segurança Social tendo rios de dinheiro... esse caso nem vale a pena comentar muito porque acho desrespeitoso em relação aos que precisam mesmo.
Mais uma contra o PSD, quando foi aquela coisa do atendimento dos Bombeiros, eu diria logo que isso é falta de bom senso! E se alguém estava mesmo a precisar e só por causa desse "teste" não pôde ser socorrida? Quer dizer, se fosse um cidadão comum seria logo punido mas como foi El Senhór, tudo bem!
Meus amigos, agora vocês questionam o que eu faço para melhorar o país, e com razão... Eu não faço grande coisa para além do que mencionei: não entrei no mercado do trabalho, não tenho poder de compra e se tenho é residual... portanto eu, para já não posso fazer grande coisa mas se pudesse até faria... a não ser que me deixem prender o José Sócrates daqui a uns aninhos ou então deixar-me ter uma conversinha com os políticos... Mas pronto, agora como não me lembro de mais nada, termino por aqui porque se não nunca mais me calo... Até se pode tornar outra saga... se me apetecer.

5 comentários:

  1. Concordo completamente com TUDO o que disseste. Mas eu ainda tenho mais uma coisa a dizer sobre as pessoas, não completamente ligada aos políticos. É uma coisa que me irrita e muito! Há aquelas pessoas que se queixam do partido em que votaram, tal como tu referiste. Mas há aquelas que criticam tudo o que os partidos fazem mas nem sequer votaram! E se não votaram, não podem sequer falar sobre a política de governação deles! Se nos dão o direito de voto a partir dos 18 anos, ou vamos votar e depois podemos falar mal deles ou não vamos votar e ficamos caladinhos a arrecadar com as nossas decisões. É uma coisa que não custa nada fazer!

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  2. E como prometido é devido, cá está o meu comentário!

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  3. ché granda texto xD sabes em nível de mentalidade e corporalmente, noto que o povo está mais desenvolvido, mas ao mesmo tempo é como estivessem atrasados como dizes. Da minha opinião seria tudo mais fácil em nível de moral se houvesse a oportunidde de existir menos preocupação pela imagem e mais por quem somos interiormente, mas também é verdade, é sempre agradável olhar ao espelho e dizer "gosto ver-me assim". Não sei como pensam as raparigas de 15 anos hoje em dia, mas quando tinha essa idade só queria brincar e viver cada dia feliz inocentemente sem que faltassem-me ao respeito.

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  4. Eu concordo com a taxa de solidariedade, porque os grandes ricos não o são por mérito, mas sim por um conjunto de variáveis que se juntam em que eles se encaixam e que nada tem a ver com a utilidade e o mérito. Uma das classes mais importantes para o país são os professores, porque as mentalidades do futuro e do presente estão nas suas mãos (daí se explica que sejamos cada vez mais estúpidos - muitos professores não ensinam por gosto, mas sim porque não foram aceites em mais lado algum), e essa é uma das mais mal pagas. O dinheiro que os milionários têm não lhes pertence realmente, mas foi-lhes dado como garantido. Não sei se percebes muito de economia, mas os pobres explicam-se pelos ricos e vice versa. Não sou comunista (de todo!), sendo um dos principais motivos o eu achar que devamos todos ter o mesmo - não, de todo: porque nem todos merecemos o mesmo, estando o mérito na utilidade para o Estado; mas defendo que não deveriam haver tantas discrepâncias na distribuição da riqueza. Afinal, por que é que um empresário ganha tão exageradamente assim, se pode ter uma grande vida com aproximadamente mil euros livres mensais? Aqui muitos argumentos podem ser levantados, mas eu, após me debater, debater com os outros e ler os outros, só reconheço validade num, porque é o único onde não vejo fissuras: porque estamos num modelo capitalista montado pelos próprios empresários.

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  5. Ahhh, e, já agora, sabias que existe um partido em Portugal chamado PDA? Partido Democrático do Atlântico. Não defende a independência das regiões autónomas, mas defende uma maior autonomia para as mesmas. Não tem representatividade no Parlamento, por motivos óbvios. :))

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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