sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pessoas

Às vezes é bom encontrar pessoas de um pretérito mais ou menos distante e ver o quão a mesma geração se distancia exponencialmente. Passo a explicar, hoje vi uma amiga do tempo em que eu andava no 5º ano e lembro-me que éramos bastante próximas até porque as nossas mães trabalhavam, e trabalham juntas, mas entretanto ela reprovou e eu segui o meu percurso sempre a sorrir-lhe quando a via até que quando em comecei a frequentar o décimo ano ela começou a baixar o olhar quando passava por mim e eu não lhe tinha feito nada nem dito. Conclusão: Tinha vergonha de mim por eu nunca ter reprovado e ser mais esperta que ela.
Eu questiono-me: o que faz de mim tão especial por nunca ter reprovado? Dá-me sequer o direito de me achar superior? Dá-me o direito de desprezar? Obviamente que não e creio que se a situação fosse inversa ela faria aquilo que eu não faço, não por uma questão de lógica mas por saber separar bem as coisas e achar patusco.
Hoje vi-a e ela é quase meio ano mais nova e é impressionante como eu pareço uma adolescente aparvalhada ao lado dela! É como se ela quase fosse minha mãe e eu a filha! A sério, porque, pelo que parece aqui no meu cantinho usa-se após os quinze anos começar a usar aquelas roupas já adultas, saltos altos, maquilhagem sobejante e outras coisas que eu acho ridículo. E eu cheguei à brilhante conclusão que serei a eterna tótó de ténis, camisolas de bandas, botas de montanha e tachas... Mas sinceramente não me importo. Apenas me admiro como uma pessoa com menos idade que eu pode ter uma ideologia tão diferente da minha. No entanto, não julgo. A minha mãe também deveria gostar que eu andasse assim mas, sinceramente, não me estou a ver... 

5 comentários:

  1. eu serei eternamente adepta aos ténis. Saltos altos, só uso em ocasiões como, baile de finalistas e casamentos e são saltos mesmo pequeninos, nada demais. Continuo pequena na mesma (a)
    Mas aqui interessa é o facto de como adolescentes de 15 anos se parecem muuito mais velhas , alias é isso que elas desejam .. passar-se por aquilo que não são!

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  2. Não penso que alguém ser reprovado torna-se inferior, não sabemos os motivos do porquê isto ter acontecido, algum problema familiar, algum problema em segredo que ela não pode contar a ninguém e por esta razão não pode concentrar-se nos estudos e talvez a tenha feito amadurecer.
    Acredito que cada um amadurece ao seu tempo... ou não. Se eu viver até os trinta anos (não quero) vou ser um velhinho de cabelos compridos como Ville Valo ahaha.
    O asno aqui não encontrou o desafio... tem uns mil ali na página desafios. ahaha. Podes me passar o link exato? :D

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  3. é o que costumo dizer e mete-me imensa impressão, a juventude hoje em dia não saboreia o que existe de melhor na vida, a ingenuidade das coisas, as brincadeiras que não interessa ir para uma discoteca e perder a virgindade o mais rápido possível ou simplesmente parecer 'poposuda' para dar a entender que é uma mulher. Tenho 20 anos quase 21 e digo-te , só agora é que mentalizo-me que tenho ser adulta pela quantidade de irresponsabilidades que deixei passar, como por exemplo chumbar. Quando vimos a idade a passar e uma juventude comparada com a da minha altura com a tendência a querer parecer adulta à força ou são os padrões também de moda que se alteraram, uma pessoa apercebe-se o quanto estamos metidos numa sociedade de aparências.
    Eu cresci tarde e a sociedade cresceu cedo.

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  4. Eu tenho orgulho em dizer que serei uma eterna totó, como tu. E sim, a minha mãe também ia adorar que eu andasse com uns sapatos de saltos altos... Mas eu resisto e afirmo que adoro demasiado ter os meus pés bem assentes na terra! =D

    *ando a inspirar-me em Alter Bridge para o nosso pequeno projecto ahah (:

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  5. Bem vinda ao meu mundo. xD Eu só calcei saltos altos duas vezes na vida e foi para peças de teatro! xD Não que não goste, mas, pelo menos por enquanto, não é a minha cena. E não gosto muito de acessórios, pelo que sou um pouco minimalista na maquilhagem - em termos de gostos, porque também, pelo menos por enquanto, não a uso.

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"Procura o que escrever, não como escrever." Séneca
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