tag:blogger.com,1999:blog-86007885102846551262024-03-13T13:59:19.934+00:00Rainforest Of The Lost SoulsSophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.comBlogger794125tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-64186814807862679432015-08-17T00:42:00.002+01:002015-08-17T00:42:38.176+01:00Jaula<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/192851753/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/192851753/large.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles dizem que somos abençoados. Que fomos dotados de uma capacidade estonteante de pensamento e discernimento. Que nos diferenciamos das máquinas pela capacidade cognitiva e pelo livre arbítrio. Então, como me posso sentir tão enjaulada? Eu não sou um leão feroz que dilacera humanos numa questão de minutos. Eu não mereço o medo que tenho porque eu tenho muito mais para dar. Não sou um guerreiro temido em todos os reinos, nem um bicho de sete cabeças para me manteres aqui num canto, com um pano por cima para ninguém me ver. E mesmo que quisesses, eu posso gritar porque a minha fala não me tiras. Não sou, tãopouco, uma máquina ou um computador que possas monitorizar, embora a formatação me agrade. Eliminar este vírus que é o medo seria meio caminho andado para conseguir realizar-me. Eu conheço a minha utopia e sei que não sou feita para formatar. Andarei, assim que puder, com todos os defeitos que carrego - e que são um grande fardo -, e irei aceitá-los como parte de mim porque perfeição só na natureza. E eu sou um caos à espera de solução. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-27142740256519331852015-08-15T02:40:00.002+01:002015-08-15T02:40:20.090+01:00O Sujeito que Escondi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/192364265/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/192364265/large.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
São praticamente 3 da manhã e o meu sono interrompe-se, como em tantas outras noites. Sou noctívaga, amante do escuro, que parece ser o único local onde me encaixo. Acho estranho não me conformar com a minha felicidade quando é tão comum os outros não se conformarem com a de outrém. Mas, adivinha? Ninguém disse que eu sou normal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a minha vida vivi à sombra de tudo e todos, exceto em momentos menos bons porque, bem, aí os holofotes centravam-se em mim, como uma bailarina importante num palco. Contudo, não posso dizer que me arrependo das pequenas cicatrizes que carrego em mim desde aquele dia em que me tentaram esmagar a cabeça contra o chão. Não me arrependo do meu típico olhar de soslaio para quem não conheço e de duvidar de boas ações. Quando a esmola é grande, o pobre desconfia, e geralmente não me engano. Tenho pena, ainda hoje, de olhar para trás e perceber que eu poderia ter-me imposto e terminar com aquele bando de palermas e deixar de ser a sua mascote preferida para espezinhar. No entanto, o medo, aquele sentimento mesquinho, enjaulou-me e fez-me padecer longos anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dos arrependimentos que carrego consta a pessoa fria que me tornei. Da desistente que sabe que consegue e que não tenta. Da nervosinha estranha que prefere estar calada a pronunciar-se, mas que quando se pronuncia dá merda. Do sentimento de raiva que acumulo... Da retardada social que não sabe socializar porque tem medo de confiar.</div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo, sinto falta de ser a gorda zombada por ser, naturalmente, gorda e por não ter roupas giras e da moda. Sinto falta porque, naqueles momentos, era só eu o meu refúgio e não outras pessoas que se revelaram inúteis. Sofia... A tua mania de que tens intuição é uma farsa. Não obstante, gosto de como me pareço agora e de olhar para o que passei e rir-me ironicamente na cara de todos porque, afinal, eu não ia conseguir, não era? Então olhem agora. Vejam quem é a fraca! Digam que sou eu e eu rio-me na vossa cara e viro costas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário de muita gente, eu sou um livro fechado. Penetrar no meu mundo é uma violação e é o que provavelmente me torna uma pessoa infeliz. E é triste admitir que não sou feliz quando me tento convencer que sou e que digo que não o sou porque peço e espero demais. E se não é assim?</div>
<div style="text-align: justify;">
A escrever isto sinto-me patética por convencer-me. Eu não posso com a minha felicidade e tendo a arruiná-la. </div>
<div style="text-align: justify;">
Esta sou eu. Pura e dura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Com a alma desnudada, com um aperto no peito e com vontade de um abraço que sei que vou arruinar.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-71099101146013803442015-06-10T21:03:00.001+01:002015-06-11T22:41:59.073+01:00Burning House<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/182467241/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/182467241/large.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Falo com o meu silêncio. Censuro com o olhar. A minha voz mantém-se muda, sem querer dar a conhecer o que pensa. A cabeça abana da esquerda para a direita, num gesto pouco amistoso, e de forma involuntária. Não me preocupo com os estragos porque estragos em mim foram feitos. A cabana singela que construí foi derrubada e destruíram-me os canteiros de flores lilazes. Atearam fogo à mobília e esperavam que não me revoltasse. Tanto tempo aprisionada nas malhas dos receios fizeram-me cansar de meias palavras e de demasiado pensamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os Doberman soltam-se mal sentem o cheiro a fumaça. Correm em direção ao cheiro de humano e lançam-se à sua perna raivosamente. Não os impeço. Raiva é para ser descarregada. Fito-os no meu silêncio, pensando em milhares de assuntos ao mesmo tempo enquanto vejo a minha cabana a arder. Sinto-me metade humana metade diabo e deserto ali mesmo. O mundo é demasiado imperfeito e incapaz de trazer felicidade. Que aquilo que contruí morra como tudo irá morrer.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-43680465235599900392015-05-01T23:53:00.000+01:002015-05-01T23:53:10.301+01:00Um Livro Chamado Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/171763758/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/171763758/large.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem só as células, os órgãos e as moléculas nos constituem. Somos um amontoado de histórias, umas esquecidas, outras presentes na memória. Nada mais queremos que partilhar com o mundo o que fizemos, quantas vezes desembaínhamos a espada e a apontamos, quantas vezes as palavras nos feriram como punhais mas superamos cada uma delas com bravez e determinação. Por outro lado, não temos grande apreço pelas quedas, ainda que seja admissível ser-se fraco por vezes. Não temos apreço que desconstruam a pessoa que idealizam que somos porque a autoconfiança não é algo que abunda e não precisamos de alguém a duvidar de nós mesmos mais que nós. No entanto, esquecemo-nos que as vezes que caímos e nos ancoramos a algo que nos levou a algum sítio são motivo de orgulho, ainda que seja orgulho próprio. Somos todos fascinados por histórias de super heróis, personagens carismáticas que superam qualquer tipo de adversidade. Mas não somos mero produto da imaginação ou reflexão de alguém. Somos humanos, de carne e osso, com erros a pautar cada episódio da nossa vida, com indecisões, com momentos de vitória e euforia absoluta. Não somos apenas um amontoado de células com todas as suas funções fisiológicas. Somos vida.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-44229536693120337372015-04-25T14:13:00.001+01:002015-04-25T14:13:17.135+01:00Até já<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/171045415/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/171045415/large.jpg" height="270" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Prometo voltar em breve, mas até lá podem dizer-me o que mais gostariam de ver por aqui no blogue! Eu ficaria muito agradecida! Até lá, desejem-me também boa sorte que por estes lados a faculdade exige muito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até breve!</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-961190361175117222015-04-15T16:42:00.001+01:002015-04-15T16:42:44.942+01:00Últimas Palavras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://api.viglink.com/api/click?format=go&jsonp=vglnk_14291125431948&key=df797c6edb7c14f9b66bc241a31bf453&libId=i8iwivga01000f5t000DL8ncdvcy8&loc=http%3A%2F%2Fweheartit.com%2Fentry%2F171753969%2Fvia%2FHayleySophieLogan%3Fpage%3D3&v=1&out=https%3A%2F%2F36.media.tumblr.com%2F6701746a58f37731d50231657ebc9a20%2Ftumblr_nm68b6lm651tztr00o1_400.jpg&ref=http%3A%2F%2Fweheartit.com%2F%3Fpage%3D5%26before%3D173766159&title=.%20%7C%20via%20Tumblr%20%7C%20We%20Heart%20It&txt=%0A%20%20%20%20%3Cimg%20alt%3D%22.%20%7C%20via%20Tumblr%22%20class%3D%22full-size%22%20src%3D%22http%3A%2F%2Fdata1.whicdn.com%2Fimages%2F171753969%2Flarge.jpg%22%3E%0A" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://api.viglink.com/api/click?format=go&jsonp=vglnk_14291125431948&key=df797c6edb7c14f9b66bc241a31bf453&libId=i8iwivga01000f5t000DL8ncdvcy8&loc=http%3A%2F%2Fweheartit.com%2Fentry%2F171753969%2Fvia%2FHayleySophieLogan%3Fpage%3D3&v=1&out=https%3A%2F%2F36.media.tumblr.com%2F6701746a58f37731d50231657ebc9a20%2Ftumblr_nm68b6lm651tztr00o1_400.jpg&ref=http%3A%2F%2Fweheartit.com%2F%3Fpage%3D5%26before%3D173766159&title=.%20%7C%20via%20Tumblr%20%7C%20We%20Heart%20It&txt=%0A%20%20%20%20%3Cimg%20alt%3D%22.%20%7C%20via%20Tumblr%22%20class%3D%22full-size%22%20src%3D%22http%3A%2F%2Fdata1.whicdn.com%2Fimages%2F171753969%2Flarge.jpg%22%3E%0A" height="400" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
As últimas palavras são as mais difíceis de serem ouvidas e as menos esquecidas. Reverberam durante tempos infinitos na mente, assolam nas noites mais tempestuosas das mais variadas e originais formas e criam o medo. Medo que as forças do mal se revoltem e façam aquele momento reaparecer vezes sem conta. Dormir torna-se uma tarefa árdua de se concretizar, o descanso atribulado faz com que aquele punhal sagaz picoteie zonas específicas da cabeça, produzindo uma dor fina. Comprimidos já não fazem a dor amenizar nem desaparecer. O café não desperta a alma tão assolada pela palavras. O chá não acalma a turbulência no meu âmago.</div>
<div style="text-align: justify;">
As últimas palavras são as mais complicadas de digerir. São aquelas que corroem a alma, que destituem o ser de ser e que perpetuam. As últimas palavras são aquelas que eu espero nunca ouvir vindas de ti. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-49041537767016329382015-04-10T16:15:00.001+01:002015-04-10T16:15:47.000+01:00Autopsicografia<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/167640839/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/167640839/large.jpg" height="293" width="400" /></a></div>
O meu corpo enregela-se, embora a brisa seja cálida e reconfortante. Os pêlos imaculados do meu corpo eriçam-se num gesto irreflexo, em sinal de alerta. Os meus olhos fitam cada milímetro de terreno numa busca incessante de perigo e as minhas patas movem-se cautelosamente evitando as areias movediças.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um estalido. Um passo. Uma ameaça.</div>
<div style="text-align: justify;">
As patas fincam-se no solo e um impulso das patas traseiras projeta-me para a frente, atacando vorazmente o corpo que se estende à minha frente. Eu não vejo, a raiva inflama-me o corpo, o caração lateja e os meus pulmões recebem e expelem o ar numa velocidade furiosa e alucinante.<br />
O sabor metálico instala-se na minha garganta e percebo o ferimento que causei. Largo o corpo inerte, imitindo este um baque ao entrar em contato com o solo e a folhagem seca.<br />
E então recuo, perplexa. O corpo pequeno, tão semelhante ao meu, olha-me com súplica. Sinto as pernas fraquejarem, seguindo-se o meu mais nobre ato de cobardia.<br />
Fujo. O corpo ficou lá atrás estirado. A montanha parece pequena para mim e para os meus problemas. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-27053243214271910912015-04-02T19:06:00.001+01:002015-04-02T19:06:28.797+01:00Rainha dos Vales Mudos<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/170034822/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/170034822/large.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
Ouço o meu nome por entre as copas das árvores. A voz atravessa cada beco da montanha, cada vale, cada colina e trespassa cada ser vivo por ali. Ela diz-me para parar, mas não paro. Não paro porque não consigo. Todas estas forças intrínsecas conjugaram-se para me deixar mal. Para não conseguir comandar o meu corpo e agir como uma mera marioneta nas mãos de um palhaço maquiavélico que não liga às minhas emoções. E então eu corro por entre um verde esperança como se o mundo estivesse a um exíguo passo do fim e a dor dos meus pés acentua-se, sem dar qualquer tipo de trégua.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu quero mas não consigo parar. É-me familiar a voz. Traduz um conforto inebriante, mas ele não me deixa. Comanda o meu cérebro e as minhas funções motoras. Impele choques elétricos que me fazem retesar os músculos e correr ainda mais depressa rumo à salvação. Mas se não há salvação tudo foi em vão. Corro em círculos até achar-te. Varro esta montanha há anos e não me encontro. Vaguei-o por trilhos cujos mílimetros já conheço. Perco-me e não me encontro. <br />
<br /></div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-79713459470176919072015-03-30T17:59:00.002+01:002015-03-30T23:24:48.811+01:00Liebster Award<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-vCfVtv2IX2I/VRMCTkxhq3I/AAAAAAAAAHo/V09r71lyunU/s1600/liebster-award-main.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-vCfVtv2IX2I/VRMCTkxhq3I/AAAAAAAAAHo/V09r71lyunU/s1600/liebster-award-main.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O meu blogue foi nomeado pelo blogger <span style="color: black;"><a href="http://diasporadossentidos.blogspot.pt/" target="_blank">Pedro Taveira</a> (visiteeem!) e este prémio tem como objetivo divulgar blogues que tenham menos de 200 seguidores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Liebster Award consiste em:<br />
1. escrevermos 11 factos sobre nós;<br />
2. responder às perguntas feitas pelo blog que nos nomeou;<br />
3. nomear 11 blogs que tenham menos de 200 seguidores para fazerem parte da award;<br />
4. fazer 11 perguntam aos blogs que nomeamos;<br />
5. partilhar a foto da Liebster Award no post;<br />
6. enviar o link do post a quem nos nomeou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
11 factos sobre mim:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Sou muito teimosa e tenho a mania que sei tudo;</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Odeio pessoas mesquinhas;</div>
<div style="text-align: justify;">
3. Não gosto nada de estudar por obrigação. Gosto de saber as coisas quando preciso delas mas sem implicar que tenha uma data a cumprir;</div>
<div style="text-align: justify;">
4. Pontualidade é um dos meus fortes;</div>
<div style="text-align: justify;">
5. Sou l-o-u-c-a por chocolate;</div>
<div style="text-align: justify;">
6. Sou extremamente preocupada com a minha figura. Por isso, basta engordar umas gramas que eu mato-me logo com exercício físico e uma dieta. Eu sou louca eu sei...;</div>
<div style="text-align: justify;">
7. Por já ter pesado quase 80 kg e ter menos 26 kg é que sou assim meia paranóica;</div>
<div style="text-align: justify;">
8. Adoro as noites de Inverno;</div>
<div style="text-align: justify;">
9. Odeio falhar e embora não demonstre tenho mau perder;</div>
<div style="text-align: justify;">
10. Tenho algum medo do escuro, assistir a eclipses e tudo o que seja estranho porque eu começo logo a fazer filmes na minha cabeça;</div>
<div style="text-align: justify;">
11. Adorooo andar de caiaque.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Blogues nomeados:</div>
<div style="text-align: justify;">
1. <a href="http://decoracaopsfn.blogspot.pt/" target="_blank">De Coração </a></div>
<div style="text-align: justify;">
2. <a href="http://talesoftheinnocent.blogspot.pt/" target="_blank">Bloodshot Eyes</a></div>
<div style="text-align: justify;">
3. <a href="http://adiaryofasecretgirl.blogspot.p/" target="_blank">Dear Diary</a></div>
<div style="text-align: justify;">
4. <a href="http://losingworld.blogspot.pt/" target="_blank">Synesthesia</a><br />
5. <a href="http://finallyanewwayout.blogspot.pt/" target="_blank">New Way Out </a></div>
<div style="text-align: justify;">
E como não tenho mais ninguém que tenha menos de 200 seguidores, quem quiser este prémio pode levá-lo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Questões do Pedro:</div>
<div style="text-align: justify;">
1. Qual o principal motivo para criares o blog?</div>
<div style="text-align: justify;">
Um dos principais objetivos foi extravazar o meu eu nas mas diversas formas, desde a coisas concretas e objetivas a textos mais elaborados que ainda assim traduzem o meu estado de espírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. O que mais escreves por lá? Qual o tema principal?</div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez a essência das pessoas, a minha própria essência também. A natureza é um tema de eleição também, mas um tema específico não tenho. Inspiro-me em diversas coisas, por isso é difícil especificar um.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
3. Qual o teu livro preferido?</div>
<div style="text-align: justify;">
O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë, embora esteja a ler Herdeiros do Ódio, de V. C. Andrews e me esteja a apaixonar lentamente pelo livro.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
4. Qual a tua principal ocupação nos tempos livres?</div>
<div style="text-align: justify;">
Fundamentalmente praticar exercício físico, embora me dedique à leitura, à escrita, ver séries e filmes ou até mesmo arrumar a casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
5. Qual o filme que mais te marcou até hoje?</div>
<div style="text-align: justify;">
Imensos já deixaram a sua marca, mas talvez Mr. Nobody tenha-me deixado mais naquele mundo de confusão e mistério.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
6. Que bebida ingeres com maior frequência?</div>
<div style="text-align: justify;">
Água.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
7. Qual o teu carro de sonho?</div>
<div style="text-align: justify;">
Um Chevrolet Cruze está bom neste momento! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
8. Qual o país que mais gostaste de visitar/gostarias de visitar?</div>
<div style="text-align: justify;">
América! Qualquer estado! Ficaria feliz!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
9. Qual o teu prato favorito?</div>
<div style="text-align: justify;">
Muito provavelmente os bifinhos com cogumelos e natas que o meu rapazinho faz! Tão booons!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
10. Usas o blog para divulgação do teu trabalho? Porquê?</div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, um pouco, embora não o tenha planeado inicialmente. Acho que é uma forma de as pessoas verem se existe alguma diferença entre a minha escrita do blogue e enquanto escritora. E para além do mais, é onde as pessoas mais rapidamente deixam a sua opinião, o que é uma mais valia.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
11. Tens algum sonho dentro da literatura? Qual?</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei, muito sinceramente. Gostava apenas de ser reconhecida pelo que faço .</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As minhas questões:</div>
<div style="text-align: justify;">
1. Se pudesses escolher uma personagem de um livro qual serias? E por quê?</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Quando pensas em como seria a tua vida sem blogger, como achas que seria?</div>
<div style="text-align: justify;">
3. Qual o teu maior sonho de vida?</div>
<div style="text-align: justify;">
4. Se pudesses falar com alguma personagem de um livro, qual seria?</div>
<div style="text-align: justify;">
5. Se houvesse uma pessoa exatamente como tu noutro planeta e, magicamente, estivessem frente a frente, o que lhe dirias?</div>
<div style="text-align: justify;">
6. O que mudarias agora na tua vida?</div>
<div style="text-align: justify;">
7. Qual o momento que mais te marcou em toda a tua vida?</div>
<div style="text-align: justify;">
8. Se pudesses escolher entre ler mentes ou adivinhar o futuro qual escolherias?</div>
<div style="text-align: justify;">
9. Qual o teu prato preferido?</div>
<div style="text-align: justify;">
10. Gelado ou chocolate?</div>
<div style="text-align: justify;">
11. Qual a série que mais te marcou?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quero saber as vossas respostas!</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-79714560608060907042015-03-19T22:57:00.001+00:002015-03-19T22:57:25.294+00:00Relembro-te<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/168937466/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/168937466/large.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuo a não saber dar resposta às minhas questões sobre ti. Por muitos anos lamentei o facto de não conseguir lamentar. No entanto, acho que percebes, sendo como sou, que não podia lamentar algo que não tinha memória. Acho que percebes que dois anos é muito pouca idade para se recordar de alguma coisa fidedignamente, quer seja um acontecimento marcante ou não.</div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas vezes divago e questiono-me como seria se ainda cá estivesses. Se me compreenderias, se me farias ser uma pessoa completamente diferente do que sou, talvez mais afável e menos desconfiada das pessoas. Questiono-me se compreenderias as minhas escolhas, se te sentarias comigo a ler os meus rascunhos e se até faríamos um livro em conjunto. Pergunto-me se irias querer ensinar-me a lutar, como eu sei que sabias, ou se irias querer ser sempre tu a proteger-me. Obviamente que iria preferir a primeira opção, mas não sei como seria porque nunca te conheci e não posso julgar sem te ter conhecido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, com a tua experiência, aprendi a não esperar muito das pessoas na generalidade porque elas tão depressa entram na vida como saem disparadas e a encarar a morte como um irremediável e incontornável fim. Nunca terminaste na memória, embora só saiba a forma do teu rosto pelas fotografias. Apesar de não estares presente, recordo as histórias que me foram contadas sobre ti e penso inúmeras vezes de como gostava que ainda cá estivesses. </div>
<br />Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-38990962645231519612015-03-14T19:10:00.000+00:002015-03-14T19:10:11.740+00:00Criança Ferida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/165190995/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/165190995/large.jpg" height="317" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Sentada no canto tu sabes o que te atormenta. Não é o escuro que amedronta a tua alma nem as noites tempestuosas que te tiram o sono. Não é a exaustão que te demove de continuar a andar. Nada te prende, exceto os pequenos fantasmas e barreiras que vais construindo vagamente em torno de ti. Jogas à defesa. Todos já percebemos isso. Magoas para não saíres magoada, mas sais com a mágoa. Não aprendes porque as raízes em ti são profundas e vincadas e continuas a fazê-lo, tal cão raivoso. </div>
<div style="text-align: justify;">
Construíste todas essas muralhas há muito tempo atrás. Tornaste-te, para quem quiseste, uma barreira praticamente impenetrante com todos os soldados na linha da frente, portando armas contundentes prontas a cravar perante uma tentativa de ataque. E sabes? Não funciona. Não funciona porque afastas as pessoas. Duvidas de ti, das tuas capacidades, da tua astúcia e de todos os que te circundam. De bestiais a bestas. De íntimos a desconhecidos, ou perto disso. Deixa de haver um porto seguro, fechas as portas do teu coração, assumes uma crueldade imensurável e defendes-te. Achas que isso funciona? Achas que o receio irá resolver todos os teus dramas, os mais infímos que sejam?</div>
<div style="text-align: justify;">
Abre a tua mente. Para ganhar há que perder alguma coisa. Baixa a guarda e permite-te.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-2250452493815974002015-03-02T00:06:00.001+00:002015-03-02T00:06:22.527+00:00Entrevista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/165968426/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/165968426/large.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Para quem quiser dar uma espreitadela, deixo aqui um link para lerem uma entrevista feita pelo Pedro Taveira do blogue <a href="http://diasporadossentidos.blogspot.pt/" target="_blank">Diáspora dos Sentidos</a>. Fala essencialmente sobre a minha aventura no mundo da escrita, do meu livro "Não Confies" e de outras coisas que podem achar interessante! Deem uma vista de olhos, deixem as vossas opiniões e sigam o Pedro! </div>
<div style="text-align: justify;">
Para ler <a href="http://diasporadossentidos.blogspot.pt/2015/03/entrevista-sofia-alves-cardoso.html" target="_blank">cliquem aqui!</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-26177999991004405452015-02-26T21:08:00.000+00:002015-02-26T21:08:15.014+00:00Das Peripécias que Encontro #1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/165192236/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/165192236/large.jpg" height="383" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Não entendo qual a necessidade de estarem sempre a tentar mudar a minha vontade quanto ao não me querer casar pela igreja. Juro que não entendo e fico um pouco consternada quando as pessoas olham para mim com admiração quando digo, quase friamente, que nunca esteve nos meus planos e não faço qualquer questão. Eu não tenho de ser igual a todas as outras raparigas que planeiam o dia, que gostam de deambular por lojas na busca do vestido perfeito. Não, eu não sou assim. </div>
<div style="text-align: justify;">
Odeio branco, em primeiro lugar. E sim, eu sei que há vestidos de outras cores mas não me fascinam. Gosto muito de ver nos outros, faço gosto, caso me convidem, em ir ajudar a escolher o vestido e dar a minha opinião, mas em mim não. Desde que me conheço como gente que digo isto e não é estarem sempre a repetir que me vai fazer mudar de ideias. Ou então perguntarem-me quando é que me vão ver "de branco". Isto faz-me assim uma certa confusão que me faz responder de forma atroz, seja quem for.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho respeito por quem o desejar fazer, mas eu não quero. Preocupo-me sobretudo com o dinheiro, com a possibilidade de usar esse dinheiro noutras coisas e prefiro não ter um "dia em grande" e ter uma vida aceitável. Não preciso que me venham benzer o casamento porque o sentimento em si já é abençoado e não é para qualquer um. Prefiro, ainda que com certas reticências, um "casamento" (e não matrimónio) à antiga, em casa, com as pessoas que mais gosto e não ter o primo afastado que já nem me lembro dele mas que fica bem convidar. Ou então gastar balúrdios de dinheiro em animação, aluguer do espaço, catering que é caro como tudo. Eu prefiro viver sem pressões. Não me faz confusão passar a minha vida ao lado do meu namorado sem ter um papel oficial. O que me importa é ser feliz com ele ao meu lado, com os nossos gatos, ter as nossas coisas e mais tarde com a nossa família. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não me interessa se fica bonito ou não, se querem ou não porque não pretendo ceder. Ponto. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-47280573043450800412015-02-21T15:04:00.000+00:002015-02-21T15:04:08.211+00:00Eu. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/158524364/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/158524364/large.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Tantas palavras difíceis aprisionadas. Tantas lágrimas contidas e para quê? Para dizimar quem sou, quem fui até hoje. Porque há sempre maneira de me mudar obrigar-me a ser de de dada forma, como se de barro me tratasse ou uma marioneta presa por fios que resolvem quem sou e quem vou ser. E para quê? Para depois a raiva acumular-se, destruindo cada célula do meu corpo e atemorizar cada noite onde procuro aconchego nos lençóis de flanela. Eu sempre serei o lobo raivoso, sabes? Porque eu odeio pessoas. Odeio pessoas de todas as formas possíveis e imaginárias e, por breves momentos, pensei em dar segundas oportunidades e tornei-me quem queriam que eu fosse. Mas, adivinha? Estou pior que nunca. Preferia nunca ter acreditado em ninguém, ser feroz com quem tinha de ser a ser um cordeiro submisso. Eu não sou do tipo de pessoa que ouve e sai a mil quilómetros por hora e duvido que o vá ser, porque, bem, eu remoo. E não me vou mais calar, tentar ser boazinha, ouvir pacificamente e ignorar o meu temperamento. Ou sou ou não sou e eu prefiro ser que fingir ser. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-32453668271009590302015-02-20T19:02:00.001+00:002015-02-20T19:02:19.999+00:00Barco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/164118962/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/164118962/large.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não tenho portos de abrigo. O meu barco não atraca em nenhum porto porque nenhum me parece seguro. Uns demonstram-se infiéis, outros primeiramente seguros e depois deixam o meu barco à deriva, procurando uma luz que o encaminhe, o que tarda a acontecer. E sabes o que me custa mais? Acreditar que tudo tem um lado humano, afável e que a planos ardilosos são meramente para os outros. E eu acredito, envolvendo a corda e tentando manter-me segura ali. Mas não resulta. Há sempre um desentendimento, quase como se eu repelisse a segurança e a confiança e me traíssem, deixando-me no mar salgado e tenebroso sem rumo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Queria deixar de acreditar, de viver na expetativa que tudo seria diferente e que podia atracar num local, pelo menos. Mas não sinto isso. Sinto que o meu barco está no meio do mar, estático, receoso e impotente. Não há nada que o faça voltar e eu não tenho espírito para conseguir fazer com que volte. </div>
<div style="text-align: justify;">
Fica onde estás, barco. Pode ser que não te desiludas. </div>
<br />Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-70437798322653431052015-02-11T23:07:00.001+00:002015-02-11T23:07:52.501+00:00Guerra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/157423769/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/157423769/large.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
As tuas palavras são facas e as tua entoação uma granada. Estamos em guerra, em céu aberto, com vidas a serem desperdiçadas. Bombas são lançadas. Ouvimos gritos. Blasfémias. Palavrões, como se fôssemos animais. Caímos no chão. As balas são disparadas, a cápsula embate no chão e ambos procuramos asilo. Não em nós, mas na escuridão. E eu temo, temo tremendamente, que a guerra não acabe. Que tudo acabe por desabar e o território ruir como cartas encasteladas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pousa as munições. Eu tentarei fazer o mesmo. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-69593770956231505222015-02-11T16:19:00.002+00:002015-02-11T16:22:22.590+00:00Another Way to Die<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/130016584/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/130016584/large.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Há uma folha de papel em cima da mesa. Ela não está vazia. Demasiadas palavras, desabafos, tristezas e agonias preenchem-na numa caligrafia desajeitada e com falhas de tinta. São extratos de memórias, pensamentos e devaneios que a perfilam desajeitadamente. Não vais encontrar qualquer lógica e nexo causal ali. Não passam de pensamentos esporádicos e tristezas que ninguém quer ouvir. Tãopouco ler. São notoriamente trágicos e desinteressantes o suficiente para alguém se dignar a desvendar aquela caligrafia inconsolável. Aliás, ela nem sabe se quer que alguém a leia, mas expôs-se, na vã esperança que alguém a pegasse, percebesse as suas lágrimas e as suas mágoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em vez disso, a folha foi rasgada em pedaços. As palavras desfragmentaram-se em breves segundos, mas as tristezas e os problemas permaneceram ali. Não foi por rasgar que tudo passou. Nem que ousassem apagar, tudo permaneceria imutável. Ninguém se deu ao trabalho de ler e, num ato de crueldade, os pedaços foram arrumados e queimados na lareira, carbonizando as palavras, a verdade, o ser... Enquanto a combustão domava aqueles insignificantes pedaços de papel, uma alma, do outro lado, entrava igualmente em combustão. </div>
<div style="text-align: justify;">
Há mil e uma maneiras de matar. </div>
<br />Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-16460017649844011492015-02-06T15:01:00.000+00:002015-02-06T15:01:02.049+00:00(A)Corda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data1.whicdn.com/images/160437191/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/160437191/large.jpg" height="383" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Acorda-me da melancolia. Dos dias de Inverno gélidos que enrijessem o meu corpo e ser. Abraça-me quando a letargia me envolver vorazmente. Não faças questões nem preces. Faz o que te peço, o que te escrevo e o que desejo. Não estou a pedir nada demais. Só um abraço forte, que me desconcerte e que me faça fechar os olhos. Se não te abraçar de volta, obriga os meus braços a fazerem-no. Por vezes é demasiado doloroso mover o que quer que seja e o cansaço desculpa tudo. Mas obriga-me. Abana-me se quiseres. Grita ao meu ouvido e acorda-me deste sono profundo e gélido que me aprisiona e me ameaça. Faz-me voltar a sorrir, a ser quem eu era. Aquece-me a alma. Sê o fogo em mim. Acende as velas, leva-me a sentar num banco de jardim e oferece-me tulipas escuras. Sabes que as adoro. Aquele tom melancólico, sinistro mas belo. Não me deixes permanecer neste limbo interminável. Leva-me para junto de ti e deixa-me adormecer contigo. Cuida de mim e eu prometo dar-te o mundo. Talvez o universo. Não te esqueças de nada disto. Acorda-me, na manhã seguinte, suavemente. E sorri. Tenho a certeza que assim vou acordar. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-84556828223587132302015-02-03T12:20:00.001+00:002015-02-03T12:23:24.353+00:00Tela<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/161117146/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/161117146/large.jpg" height="398" width="400" /></a></div>
Costumava ser imaculada. Mas estranhas formas começaram a desenhar-se, cujo significado não conseguia entender. O pincel deslizava ininterruptamente sobre mim, libertando rastos de tinta negra, como se de uma silhueta se tratasse. Na minha perplexidade, deixei-me pintar. O toque suave, a doce melodia do pincel entrar em contato comigo, o odor, aquele odor forte, imponente, inebriava a minha pequena e despedaçada alma. Eu sentia a mudança, um novo começar naquela imensidão vazia, podia quase sentir a música clássica vibrar em mim. Eu não seria mais vazia. Aquela tela sem qualquer sentido ou inútil. Eu faria alguém sentir alguma coisa. Raiva ou alegria. Tristeza ou qualquer outro sentimento. Na verdade, não me interessava. Eu queria ser a tela que fizesse com que olhasses para mim e levasses a polpa dos teus dedos às linhas que me preenchem, num toque suave e delicado.<br />
E aqui estamos nós. Eu consigo sentir a tua presença. Não há mais telas. Não há mais tintas nem formas. Seremos sempre as silhuetas em mim desenhadas. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-15147919875968774032015-01-31T23:48:00.001+00:002015-01-31T23:48:29.147+00:00Take I <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/143916435/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/143916435/large.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Consegues ouvir? O quê? Não? Como consegues viver sem ouvir isto? É como se não respirasses, como se o mundo fosse terminar amanhã e não experimentasses a maior riqueza que a vida te dá. Como podes não ouvir? Como podes não sentir? Recusares sentir a gravidade que te mantém em conexão com o solo ou então o vento que te empurra? É a doce melodia a cumprimentar-te o rosto. A melancolia dos dias de Outonos, pequenos, em vários tons de castanho e serenos. O som das ondas a bater nas rochas. A águia a rasgar o céu, a areia a penetrar nos teus dedos e a aconchegar-te. São os raios de Sol que fazem a vida continuar e a chuva, essa que cai no teu rosto, que te mantém vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda não consegues ouvir? E sentir? Shiu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fecha os olhos. Monta o cenário. És o realizador. Tens permissão para usar e abusar da força da tua mente. Concentra-te só desta vez. Dá-me a mão e vem imaginar comigo. Seremos apenas uma só mente e eu prometo levar-te aos sítios mais lindos onde podes sentir e ouvir tudo na sua plenitude e ficar maravilhado como eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Anda. Não é muito longe. Chega só um pouco mais perto e entrelaça os dedos nos meus. Somos os realizadores.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-6535121216067583092015-01-30T11:52:00.001+00:002015-01-30T11:52:52.984+00:00Concreto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/129090408/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/129090408/large.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há melodia. Apenas espinhos cravados nessa garganta. Mas eu devia compreender. O mundo parece um local inóspito, onde nada é feito para nós. Onde o azul torna-se numa cor pouco amistosa e o mar torna-se turbulento. Nunca fomos feitos para viver em serenidade. Acalmia, é apenas um termo para os outros. Turbulência é a palavra que reina. Que impera e comanda o que somos e o que fazemos. E devemo-nos julgar? Não. É o que somos e o que fazemos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nas horas mais tenebrosas eu gostava de ser o teu manto. Cobrir-te de amor e de paz, dar-te aquilo que mereces, mas que muitas vezes julgo não mereceres. E nessas situações, quem é desumano? Eu? Tu? Os dois? Há tantos argumentos, válidos ou inválidos, tantas palavras proferidas, com amor ou ingratidão, tanta dúvida que se instala permanentemente em mentes e almas atormentadas. Merecemos isto? Talvez. Nada é concreto. Isto não é concreto. Bem, nós somos. Eu. E tu. De resto, nada é concreto para nós, apesar destes espinhos cravados na garganta e no peito. Estes nós sentimos. Como sentimos outras coisas concretas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Concretamente falando, estes espinhos vão passar. Vamos sentirmos livres outra vez.</div>
<br />Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-35612388625747059502015-01-29T17:04:00.000+00:002015-01-29T17:04:17.339+00:00Back to Black<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/159854674/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/159854674/large.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles dizem sempre que eu fico bem de negro. Não pela minha magestosidade aquando a chuva escorre pelo meu manto, nem pelo adejar das minhas asas. Simples, fico bem de preto. O meu corpo parece mais esguio, as minhas asas mais alongadas e o meu ego mais poderoso e sagaz. O meu olhar confunde-se nos dias tenebrosos e sobressai na imensidão verdejante e frondosa. Mas a minha alma reveste-se de um negrume, tal e qual a minha aparência. Rancor, oh, o rancor. A mágoa doma a fina película dos meus pulmões. A dor, do comprimento do meu intestino. E o resto, é negrume. Sem luz ao fundo do túnel.</div>
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Mesmo que ficasse bem de branco, seria antagónica. </div>
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Branca por fora, negra por dentro. </div>
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Paz por fora, guerra por dentro. </div>
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Luz por fora, escuridão por dentro.</div>
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Antagonia. Profunda e agridoce, como os frutos prestes a ficar maduros.</div>
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Há outra árvore noutro trilho. Não quero levar a escuridão para lá. Negra por fora, serena por dentro. </div>
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E assim seria feliz.</div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-20497173997882569252014-05-22T20:00:00.001+01:002014-05-22T20:00:22.457+01:00Butterflies and Hurricanes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/116978798/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/116978798/large.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
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Eu nunca olhei muito tempo as borboletas porque elas escapam-se-me por entre os dedos. Apenas as vejo agora. Ah! Seres vivazes e cheios de liberdade. Sem desgostos, sem manias, sem choro, sem rosto melancólico. Quem me dera ser uma. Na inocência de um dia cálido, nas brumas das brisa que adeja levemente as pétalas e as engana com o movimento. No singelo mover de asas que as torna num ser dos céus e das patas finas que as fazem ser um ser da terra. Donas da terra e do céu. </div>
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Agora voem. Voem para longe, damas do céu e da terra. Voem para onde o vento vos leva. </div>
<br />Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-8226639925785541492014-03-22T19:06:00.001+00:002014-03-22T19:06:45.842+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/106816027/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/106816027/large.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
Porque um "não" é a essência da problemática de quem não quer mudar. Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8600788510284655126.post-6424380625934580302014-03-06T16:53:00.000+00:002014-03-06T16:53:42.322+00:00Caramelo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="http://data1.whicdn.com/images/100162566/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data1.whicdn.com/images/100162566/large.jpg" height="250" width="400" /></a></div>
E depois eu vi-te com esse olhar dócil caramelizado a pedir por alimento. A comoção abrangeu-me e envolveu-me nas suas malhas e, sem que tivesse escolha, estendi a minha mão e deixei-te abastecer. Vi que estavas perdido algures por ali, receoso e atemorizado. Mas dócil. Com um olhar meigo e deleitoso que me fez querer voltar para casa e afagar o que é meu. Rogar para que nunca, mas nunca se perca nessas ruas decrépitas nem que fique sujeito à podridão do mundo, lá fora. Porque eu vi-o, uma criatura indefesa, sem eira nem beira, sem palavras nem rostos certos. E percebi que o mundo não é azul como o céu de hoje às 11:38. Para mim era, mas para ele era um daqueles dias incertos, cobertos de bruma cujo destino estaria nas suas patas caso se conseguisse locomover. </div>
Sophiehttp://www.blogger.com/profile/05509358028432555170noreply@blogger.com0