terça-feira, 27 de novembro de 2012

When words fail, you know where you can find them

"De que serviria terem-me criado se fosse para ficar só aqui? As minhas grandes desaventuras neste mundo têm sido as desaventuras do Heathcliff, e eu vi-as e senti-as desde o princípio: nele reside o meu maior apego à existência. Se tudo perecesse e ele continuasse, eu também continuaria a existir; se tudo permanecesse e ele fosse aniquilado, o universo tornar-se-ia para mim um mundo estranho, de que eu pareceria não fazer parte. O meu amor ao Linton é como a folhagem dos bosques: o tempo o transformará, bem o pressinto, como o Inverno transforma as árvores. O meu amor ao Heathcliff lembra os penhascos eternos, que a terra cobre: uma fonte de delícias, quase invisível mas essencial. Nelly, eu sou Heathcliff" Nunca me deixa o pensamento. Não como um prazer, porque também não sou sempre um prazer para mim mesma, porém como o meu próprio eu. De maneira que não tornes a falar da nossa separação. (...)"

O Monte dos Vendavais, Emily Brontë

Se eu vos conseguisse descrever o que este livro me diz, descreveria. Como não consigo, como me sinto tão insignificante perante esta obra, deixá-la-ei ao critério de cada um que já leu o livro e, se não o leram, aconselho vivamente. Mudou a minha vida, a minha forma de pensar em muitas formas e, apesar de já ter perdido a conta aos livros que já li, continua a ser aquele que por muito que eu leia, nunca me farto da história. 

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